Políticas corporativas costumam parecer abstratas até o momento em que se transformam em histórias reais. No sistema Minas-Rio, essa transição ocorre por meio dos projetos sociais desenvolvidos pela Anglo American em parceria com comunidades, associações locais e instituições. A atuação segue as diretrizes da Política Social Way, que orienta ações voltadas ao desenvolvimento comunitário, à escuta permanente e à valorização do protagonismo local.
Além dos projetos apoiados diretamente nos territórios, a política integra o sistema de gestão social da empresa e inclui programas de voluntariado, políticas de diversidade e mecanismos estruturados de diálogo com as comunidades. O principal instrumento para viabilizar essas iniciativas é o Edital de Projetos Sociais, criado para apoiar ações que nascem de demandas identificadas localmente.
Desde 2017, o edital destinou mais de R$ 3 milhões a projetos comunitários nas regiões de influência do Minas-Rio, beneficiando aproximadamente 16 mil pessoas. Em 2025, foram aprovados 20 projetos, com investimento de cerca de R$ 800 mil, voltados a áreas como saúde, educação, geração de renda, cultura, esporte e meio ambiente.

As ações serão executadas ao longo de 2026 em municípios como Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas, Dom Joaquim, Serro, Tombos, Santo Antônio do Grama, Congonhas do Norte e São João da Barra, no Rio de Janeiro.
“O apoio aos projetos locais é uma das formas mais concretas de materializar o Social Way. O edital fortalece iniciativas que já existem no território, amplia oportunidades e valoriza o protagonismo das comunidades, contribuindo para um desenvolvimento mais duradouro”, afirma Nathalia Coelho, coordenadora de Performance Social da Anglo American no sistema Minas-Rio.
Autonomia pela arte: geração de renda e identidade cultural em Dom Joaquim
Entre os projetos que nasceram a partir do edital está o Pérola Negra, coletivo formado por mulheres da comunidade de São José da Ilha, em Dom Joaquim (MG). Criado em 2018, o grupo produz bonecas de pano que valorizam a identidade negra e se tornaram fonte de renda, reconhecimento e fortalecimento da autoestima.
Maria de Fátima da Silva Santos, integrante do coletivo, relembra o início da trajetória. “Quando a gente começou, quase nenhuma mulher sabia costurar. A Anglo fez um diagnóstico, ofereceu cursos e nos ajudou a começar. Quando fizemos o boneco do Saci, percebemos que ali estava nossa identidade. Isso fortaleceu nossa autoestima e o grupo como um todo”, relata.
O apoio inicial permitiu que o projeto evoluísse para um empreendimento coletivo sustentável. “Nunca teríamos condições de produzir sem esse investimento. Hoje, temos renda e orgulho do que fazemos”, afirma Maria de Fátima.
A designer Josicleide Ítalo, do ateliê Pri de Pano, acompanhou o início do grupo e destaca como o processo de aprendizagem contribuiu para a evolução do trabalho. “Elas diziam que não conseguiam. Mostrei meus primeiros trabalhos, cheios de defeitos, para mostrar que todo mundo aprende. Hoje, produzem bonecas do zero, com uma qualidade impressionante”, assegura.

Segurança alimentar, geração de renda e direitos humanos nas comunidades do Minas-Rio
Outros projetos apoiados pelo edital seguem caminhos distintos, mas geram impactos semelhantes. Iniciativas como Quintais Sustentáveis e Frutificar capacitam famílias — muitas delas de comunidades quilombolas — para o cultivo agroecológico de alimentos em seus quintais.
Além de melhorar a alimentação, essas ações promovem a geração de renda, fortalecem a autonomia produtiva e conectam segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e valorização de saberes tradicionais.
No campo dos direitos humanos, a Política Social Way também orienta iniciativas internas com reflexos diretos nos territórios. Um exemplo é a Política de Combate à Violência Doméstica, que integra um conjunto mais amplo de diretrizes de proteção, diversidade e inclusão adotadas pela empresa.
A medida prevê acolhimento, licença remunerada, apoio financeiro e encaminhamento especializado às vítimas, além de campanhas de conscientização. “A violência doméstica é um problema social grave, que afeta a vida das pessoas, o ambiente de trabalho e as comunidades como um todo. Nosso compromisso é oferecer apoio real às vítimas, criar um ambiente seguro e tratar o tema com responsabilidade e seriedade”, destaca Nathalia Coelho, da Anglo American.
Ao articular projetos sociais, mecanismos de escuta, políticas de proteção e parcerias com instituições como o Instituto Sementes do Saber e a Bridge Gestão Social, a atuação da empresa evidencia como decisões corporativas no setor de mineração podem influenciar os rumos de um território.
Conheça a Política do Social Way da Anglo American:
