O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), oficializou neste sábado, 16/08, sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026, durante encontro nacional do partido em São Paulo. Em discurso, ele atacou a gestão do PT, criticou o Supremo Tribunal Federal e defendeu sua trajetória à frente do Executivo mineiro. “Vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa”, afirmou, ao acusar o “lulismo” de destruir o país. O governador também mirou o ministro Alexandre de Moraes, a quem atribuiu “abusos e perseguições”.
Zema sinalizou que pretende se consolidar como o candidato mais à direita na disputa presidencial e anunciou que intensificará viagens pelo país. Apesar de se colocar como cabeça de chapa, não descartou ajustes em eventuais alianças. Ele elogiou o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível rival na corrida eleitoral, e disse que o cenário mais provável é a direita lançar vários nomes para, no segundo turno, se unir em torno de um candidato.
Ao ser questionado sobre o Nordeste, Zema criticou o Bolsa Família, que chamou de “perpetuação de uma vida precária”, e defendeu um “mecanismo de desmame” para estimular empregos formais. O governador também defendeu a saída do Brasil do BRICS, classificando o bloco como “colcha de retalhos” e “frankenstein”, e defendeu maior aproximação com países ocidentais. O lançamento ocorre em meio à reorganização de governadores de direita diante da inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Entre os nomes cotados estão Ronaldo Caiado (União-GO), Ratinho Jr. (PSD-PR), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Tarcísio. Zema, no entanto, enfrenta limitações: o Novo não superou a cláusula de barreira e não terá tempo de TV, a menos que forme coligações.