No Visão Macro de hoje, vamos discutir um conceito interessante por meio de uma pergunta simples. O capitalismo como motor transformador da sociedade: ele incentiva a competição, estimula inovação tecnológica e produz ganhos de bem-estar ao longo dos anos.
Warren Buffett costuma ilustrar isso com um exemplo direto. O primeiro bilionário do mundo foi John D. Rockefeller, por volta de 1910, extraindo petróleo. Nada “sexy”, nada tecnológico. Rockefeller tinha uma qualidade de vida muito superior à de qualquer pessoa daquela época.
Mas a pergunta é: o que você prefere ser hoje — alguém com uma renda média, por exemplo, dez mil dólares por mês, ou o primeiro bilionário do mundo em 1910?
A resposta de Buffett é simples: é melhor ser alguém com renda média hoje.
Ao longo do tempo, processos de saúde, mobilidade, entretenimento, alimentação e qualidade dos serviços evoluíram de maneira exponencial. O progresso econômico desde o início do século 20 foi movido por um motor poderoso: a competição. Ambientes capitalistas que estimulam a geração de riqueza — e não apenas a sua distribuição — produzem inovação e progresso técnico.
É evidente que qualidade e eficiência têm trade-offs e que discutir desigualdade é relevante. Mas não se pode falar somente da distribuição de riqueza sem entender antes como ela é criada.
Margaret Thatcher resumia essa lógica dizendo que o debate não deve focar apenas na desigualdade, mas no combate à pobreza ao longo do tempo.
A criação de riqueza tem papel fundamental: ela sustenta o motor do crescimento, da inovação e do desenvolvimento. O ditado japonês reforça essa ideia: “lucro é a forma que a sociedade encontrou para retribuir uma empresa por um serviço bem prestado.”
Políticas públicas são importantes, mas nenhuma se sustenta se o bolo não continuar crescendo. Distribuir riqueza sem gerar riqueza é uma conta que não fecha.
