Casamento e dinheiro: a conta que fecha só com a capacidade de diálogo.

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No início, “meu bem pra cá”, “meu bem pra lá”. Quando a chama se apaga, os problemas ganham destaque, a conta não fecha, as discussões são mais intensas, o discurso muda e passa a ser: “meus bens pra cá, seus bens pra lá”.

E o resultado disso é a separação, que pode vir por meio do divórcio (se casados) ou pela dissolução da União Estável. Ou até mesmo por um “estou indo embora” e nada se regulariza no âmbito burocrático.

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Não é novidade para ninguém que a Covid-19 foi o fator que trouxe mais contribuição para o aumento do número de divórcios ocorridos em 2021, no Brasil.

O que você talvez não saiba é que a maior causa para a separação conjugal é o dinheiro! Sim, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos anos, o número de divórcios cresceu 75% em nosso país e, a última pesquisa divulgada (em 2022) deu conta que 57% dos casamentos acabam por discussões referentes a dinheiro.

E eu pensando que a infidelidade fosse a principal causa. Mas não é… Muitas pessoas são capazes de perdoar uma traição. Mas raras são as pessoas que conseguem viver juntas diante de um desequilíbrio financeiro.

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De acordo com outra pesquisa, esta realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), as dificuldades conjugais relativas a finanças estão diretamente ligadas a inteligência emocional e capacidade de comunicação.

O estudo aponta que pelo menos 46% dos casais brasileiros brigam por questões financeiras. Destes, 51% culpam o par pela situação. E é inacreditável, mas 15% dos entrevistados disseram que assuntos financeiros não devem ser tratados em uma relação. 

Como assim? Se é para não haver diálogo sobre tudo, então é melhor viver sozinho. E essa conversa sobre o papel de cada um no casamento deve ser iniciada já no namoro. Isso mesmo! Quem namora, fica noivo e não conversa sobre filhos, carreira, finanças, papel de cada um na relação,etc.. não está preparado para viver os desafios de uma união conjugal.

Prevenir é melhor que remediar. Colocar tudo no papel e registrar. Planejar o futuro é sinal de maturidade. Crianças dançam conforme a banda toca. Adultos escolhem a música. Não é só sobre dinheiro. É sobre paz. O planejamento e o diálogo abertos evitam conflitos, desgastes e prejuízos financeiros.

“Ah, Camila, mas como vou falar com ele (ou com ela) sobre isso? O que vai pensar de mim? Que sou uma interesseira ou que não confio nele (ou nela)?”

Olha, se o seu namorado, noivo, marido, companheiro, etc tiver o mínimo de inteligência emocional, vai achar o máximo! Ele será transparente e, quem sabe, vocês esbocem juntos o planejamento e levem para um advogado especialista orientá-los sobre o que é ou o que não é possível neste pacto.

Agora se ele achar isso mesmo de você eu te volto com uma pergunta: Você está mesmo a fim de se envolver com uma pessoa que não tem o mínimo de inteligência emocional? Se você não tem liberdade para falar sobre o futuro de vocês então é porque essa relação não tem futuro.

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Camila Dias

Advogada especialista em Direito de Família - mediadora, conciliadora. Jornalista, especialista em Criminologia.

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