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O mundo daqui a 40 anos, de acordo com a OCDE

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De acordo com estudo publicado em dez de 2023,  da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um fórum internacional formado por países intitulados democracias ricas, há três tendências para o nosso planeta: ele está esquentando,  os humanos estão vivendo mais e tendo menos filhos. Teremos uma humanidade envelhecida,  lutando para substituir sua energia fóssil por energias verdes.

Nesta projeção  de longo prazo da OCDE,  intitulada “Cenários de longo prazo: incorporando a transição energética” preparado por Yvan Guillemette e Jean Château, temos um cenário-base que projeta a continuação da rota atua de governança, sem maiores mudanças políticas e institucionais.

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Neste caso, para as nações da OCDE e do Grupo dos 20 (G-20) combinadas (ou 83% do PIB global), o declínio no crescimento da força de trabalho e da produtividade desacelerará o crescimento econômico, dos atuais 3% ao ano para 1,7% em 2060.

Na maior parte das economias emergentes do G-20, o crescimento do PIB per capita será mais lento. Há exceções, como Brasil, Argentina e África do Sul.  Mas os padrões de vida destes países se aproximarão pouco do padrão de vida dos países desenvolvidos, menos que os da China, da Índia ou da Indonésia.

Até 2060, a pressão fiscal deve crescer no mundo cerca de 6 pontos porcentuais do PIB. Essa seria a quantia que um país médio precisaria aumentar em impostos para conter a escalada do endividamento público.

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O envelhecimento populacional se acentuará

A OCDE estimou os custos da transição energética. É previsto que todos os países acelerariam a descarbonização, eliminando o carvão e reduzindo o petróleo e o gás a 15% da matriz energética em 2050. Essa projeção pontua que o mundo alcançaria a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Por outro lado os indicadores socioeconômicos apontam para  estragos sociais: mais fome, mortes e, consequentemente, mais violência.

De acordo com a OCDE, os custos cumulativos da transição energética consumiriam 8% do PIB global até 2050. Porém as perdas são desiguais. Os países ricos ficarão 3,7% menos ricos e os países pobres ficarão 11% mais pobres.

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O estudo aponta  tendências, e servem como reflexão e  um convite à ação política e comportamental para toda a sociedade mundial.

As inovações tecnológicas, a busca da melhor produtividade em todos os segmentos econômicos, o uso inteligência artificial podem alterar as projeções já feitas.

Para as economias emergentes do Brics, a OCDE projeta que melhorias na governança, no desempenho educacional e na abertura comercial têm o potencial de elevar seu padrão de vida de 30% a 50% em relação ao cenário-base.

A taxação do carbono pode gerar receitas adicionais, que podem ser empregadas para aliviar a carga tributária sobre o trabalho. Parte dessas receitas deveria ser investida em pesquisa e desenvolvimento de energias tão baratas e eficientes quanto as fósseis.

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Com as tecnologias atuais, a aceleração da descarbonização impõe um peso ao bem-estar social e, inversamente, a elevação do bem-estar social impõe um freio à descarbonização.

O mundo precisa se empenhar em cálculos de custo-benefício para fazer escolhas racionais no tema transição energética, e se garantir  transferências de recursos e/ou prazos dilatados, para que os países emergentes consigam fazer uma transição energética justa e socialmente sustentável.

 

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Enio Fonseca

Engenheiro Florestal especialista em gestao socioambiental. CEO da Pack of Wolves Assessoria Socioambiental, Conselheiro do FMASE. Foi Superintendente do Ibama, Conselheiro do Copam e Superintendente de Gestão Ambiental da Cemig. Membro do IBRADES , ABDEM, ADIMIN, da ALAGRO E SUCESU

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