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(IMAGEM ILUSTRATIVA/Fernando Torres/CBF)

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Já reparou como, em clubes de futebol e no mundo dos negócios, muitas vezes se busca contornar regras orçamentárias por meios pouco claros? Na Premier League, apesar de existirem limites fiscais, muitos clubes têm recorrido a verdadeiras acrobacias contábeis para ampliar seus gastos.

Times ingleses utilizam técnicas como amortizar transferências de jogadores em vários anos, registrar lucros em vendas entre clubes do mesmo grupo e adiar a introdução de controles sobre custos de elenco. Tudo isso para respeitar formalmente os limites, mas, na prática, operar com orçamentos inflados e altamente competitivos.

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Esse comportamento reflete um desejo humano universal: maquiar números para dar a impressão de equilíbrio, a famosa alquimia fiscal. Mas dinheiro fictício não sustenta desempenho real.

A economia segue as mesmas leis — seja no board de uma empresa ou no vestiário de um craque da bola. No fim, o resultado é uma competição desigual e uma liga mais volátil. Enquanto os maiores conseguem driblar as regras com respaldo em patrocínios milionários e receitas de TV estratosféricas, outros pagam o preço: o risco do rebaixamento ou até sanções esportivas e financeiras.

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Em economia, não existe alquimia. Camuflar gastos, esconder déficits ou criar cenários fictícios não altera a realidade econômica. O que muda o jogo é a transparência, regras claras e responsabilidade fiscal — dentro e fora dos gramados.

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Izak Carlos

É economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Formado em economia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com MBA em Gestão Financeira pela Fundação Getúlio Vargas, mestrado e doutorado em economia aplicada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), já atuou como economista, especialista e consultor econômico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Izak também é sócio-diretor da Axion Macrofinance e Especialista do Instituto Millenium.

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