Siga no

A origem de hangover é bem menos glamourosa. A palavra significa apenas “o que sobra”, “o que fica pendente” (Arquivo EBC)

A origem de hangover é bem menos glamourosa. A palavra significa apenas “o que sobra”, “o que fica pendente” (Arquivo EBC)

Compartilhar matéria

É ressaca? Tá só a capa do Batman? Só o bagaço? Pois é, a ressaca é o que os americanos chamam de hangover. E quando eu te contar a história, a origem desse termo, aí você vai entender tudo.

No século XIX, as pousadas da Inglaterra ofereciam uma opção de baixíssimo custo aos miseráveis, aos sem-teto e aos bêbados que não tinham onde passar a noite. Por apenas dois pence, ou seja, dois centavos, eles podiam dormir da meia-noite às seis da manhã, sentados em uma cadeira e apoiados em cordas esticadas em um quarto que dividiam com dezenas de pessoas.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Às seis horas em ponto, o dono da pensão desprendia a corda e a turma caía no chão. Você acredita? O sujeito passava a noite pendurado sobre a corda — ou seja, hang over the rope. E é daí que teria vindo a expressão hangover, a nossa famosa ressaca.

Historinha boa, não é? Pena que não é verdade. Essa imagem de gente pendurada no varal é uma lenda urbana. Não há registros confiáveis de que essa prática tenha existido.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A origem de hangover é bem menos glamourosa. A palavra significa apenas “o que sobra”, “o que fica pendente”. Pode ser uma dívida, uma emoção ou, claro, aquela cabeça latejando, aquela boca seca, aquele arrependimento depois de uma noite de excessos.

Agora veja só como são as coisas: a verdade nua e crua raramente viraliza. Já uma boa história, a gente bebe saboreando aos goles e ainda pede mais um shot. Os fatos são importantes, mas sozinhos não prendem a nossa atenção. O que encanta é a história por trás dos fatos — e nem precisa ser mentira.

Contar uma história é a melhor maneira de popularizar um conceito ou uma marca. Lembre-se disso na próxima vez que falar em público, promover um produto ou inventar uma desculpa.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Curtiu a história? Então pede mais uma rodada, que daqui a pouco eu volto e conto outra.

Compartilhar matéria

Siga no

Ewandro Magalhães

É contador de histórias e especialista em comunicação internacional. Foi chefe-intérprete de uma agência da ONU em Genebra e já emprestou sua voz a líderes como Obama, Lula e Dalai Lama em reuniões de cúpula mundo afora. É autor de três livros, palestrante internacional TEDx e cofundador de uma startup de tecnologia com sede em Nova York. Mineiro de Belo Horizonte, é criador de conteúdo sobre linguagem e curiosidades. Domina seis idiomas e vive atualmente nos Estados Unidos.

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Colunistas

Museus da Pampulha celebram Burle Marx com programação gratuita

Sua empresa está morrendo em reuniões inúteis?

Renda fixa x renda variável: entenda de uma vez por todas

Do trabalho em grupo ao mercado de trabalho: o que não aprendemos

Sua imagem está sabotando o seu faturamento?

Diversidade de gênero na prática: empresas públicas precisam de mulheres nos conselhos

Últimas notícias

Moraes compara atos de Eduardo Bolsonaro nos EUA a tentativa de golpe

Atenção redobrada! Shows e corrida de rua alteram trânsito da Pampulha neste fim de semana

‘Ataque sem precedentes’: afirma The Economist sobre ação de Trump contra Moraes

Cruzeiro e mais três; veja equipes do Brasileirão que ainda não contrataram nesta janela

Sua experiência não fala sozinha: faça ela brilhar

Aprender rápido virou sobreviver no trabalho

O voo de galinha das exportações tecnológicas brasileiras

Saneamento: o investimento que multiplica crescimento e produtividade

Vale lucra 2,12 bi de dólares, mas minério em queda puxa resultado