O Papa Francisco foi um pobre desgraçado de quem Deus teve muita misericórdia. Calma, essas palavras não são minhas, são dele próprio. E hoje nós vamos explorar o real significado da humildade.
Papa Francisco nos deixou há pouco tempo. Ele não apenas liderou, mas transformou a maior igreja cristã do planeta. Desfez privilégios e acolheu minorias. Fez isso com coragem, com paixão e, sobretudo, com humildade.
Essa palavra, “humildade”, vem do latim humilitas. Daí vêm também termos como “humano” e “humanidade”. E todos esses termos, por sua vez, derivam de humus. Agora, você que está aí no interior, que conhece a roça, que conhece a vida no campo, sabe que o humus é aquela camada mais fértil do solo, a mais superficial. Daí que ser humilde é baixar ao nível da terra. É não perder de vista essa conexão com o que está na base.
É estar ancorado com os pés no chão, consciente da sua própria humanidade e da humanidade do outro. Mas nem sempre foi sinônimo de virtude. Na Roma Antiga, a humildade era vista como fraqueza. Os Césares eram cheios de orgulho. Foi a tradição cristã que inverteu essa lógica, ao mostrar que a verdadeira liderança está em servir.
Francisco viveu essa virtude. Dispensou o palácio em troca de uma residência mais simples. Circulava por Roma em um Fiat, lavou os pés de presidiários e pedia frequentemente aos fiéis que orassem por ele, ciente de suas limitações.
Mas a humildade tampouco é submissão e, levada ao exagero da falsa modéstia, se torna o lado B de um pecado capital: a vaidade. A verdadeira humildade não faz barulho. Ouve, aprende, transforma-se e serve.
Você é capaz de fazer isso? Essa é a verdadeira humildade.