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O presidente Donald Trump ao lado de Jerome Powell (White House/Divulgação)

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No Visão Macro de hoje, vamos falar um pouco sobre o que esperar na próxima semana em relação às decisões dos bancos centrais americano e brasileiro, que acontecerão nesta quarta-feira (30/7).

O ponto mais importante aqui não tem tanto a ver com a própria decisão — esperamos a manutenção das taxas de juros em ambos os países, ou seja, nem alta nem queda.

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O que realmente importa é entender como o comunicado trará novas sinalizações sobre a aversão ao risco, principalmente no Brasil, após a possibilidade do “tarifaço” americano e diante da continuidade do processo de expansão fiscal promovido pelo próprio governo.

Nosso foco é compreender o que esperar — e quando — de um eventual corte de juros, considerando o cenário atual.

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Não esperamos que isso ocorra em 2025, mas sim no primeiro trimestre de 2026, no caso brasileiro.

No caso americano, apesar das declarações agressivas do presidente Trump contra o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, essa tensão política acaba dificultando a atuação da política monetária com autonomia.

É fundamental que as decisões de política monetária sejam independentes do chefe do Executivo, em qualquer país.

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Acreditamos que o Fed não realizará cortes por enquanto, mas poderá sinalizar uma possível redução na próxima reunião de setembro.

Será essencial observar como o comunicado irá pesar o balanço de riscos, agora que as tarifas nos EUA devem entrar em vigor de forma mais ampla do que o inicialmente previsto — acima dos 10% anunciados para todos os países. Como diversos países ainda estão negociando, resta entender melhor o processo inflacionário causal nos EUA, para que os cortes de juros possam, de fato, começar ao longo do tempo.

Por fim, é sempre importante lembrar que os Estados Unidos ditam o rumo da política monetária global. Se os juros americanos se movem, outros países podem ser forçados a ajustar suas taxas também.

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No caso do Brasil, o diferencial de juros com os EUA exige atenção especial, para evitar que o real se desvalorize ainda mais e que continuemos importando inflação — como já vem acontecendo há bastante tempo.

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Gustavo Andrade

Mestre em Economia pela UFMG (ênfase em microeconometria e finanças), com extensão pela London School of Economics. É docente em Economia e Finanças em faculdades renomadas, além de ter atuado ativamente como gestor e estrategista de portfólios desde 2013. Atualmente, além da docência em magistério superior, também atua como gestor de risco da Virtus Nexus Asset Management.

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