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Mãos dadas
Se 72% das empresas já adotaram a IA e registram, em média, um aumento de 14% na produtividade, quantos de nós vão sobrar? Ou melhor: já estamos sobrando (Foto: Reprodução/Freepik).

Se 72% das empresas já adotaram a IA e registram, em média, um aumento de 14% na produtividade, quantos de nós vão sobrar? Ou melhor: já estamos sobrando (Foto: Reprodução/Freepik).

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Você, querido ouvinte, acorda, vai para o escritório, cumpre oito horas e volta para casa. Essa rotina, que define a vida de bilhões e bilhões de pessoas, inclusive a nossa, pode estar com os dias contados. A inteligência artificial não está apenas otimizando processos, ela está questionando se precisamos, de fato, de tantas horas trabalhadas.

O fundador da OpenAI e criador do ChatGPT, Sam Altman, prevê que empresas bilionárias poderão ser operadas por uma única pessoa até o ano que vem. E não é exagero, é matemática. Se o Instagram valia 1 bilhão de dólares com apenas 13 funcionários em 2012, o que uma única pessoa equipada com IA poderá construir em 2025?

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Se 72% das empresas já adotaram a inteligência artificial e registram, em média, um aumento de 14% na produtividade, quantos de nós vão sobrar? Ou melhor: já estamos sobrando. A pergunta incômoda é: se a IA pode fazer um pouco de tudo, ou tudo um pouco, qual é o nosso valor de mercado?

Pela primeira vez na história, indivíduos podem competir com corporações inteiras, e não por meio de genialidade excepcional, mas usando ferramentas que multiplicam capacidades humanas de forma praticamente infinita. Isso parece libertador, né?

Deveria. Mas também significa que a nossa vantagem competitiva não está mais na empresa em que trabalhamos, no diploma pendurado na parede, no conhecimento armazenado na cabeça ou mesmo na rede de contatos. Tudo isso já não é mais suficiente como um dia foi. O que conta agora é a nossa capacidade de orquestrar inteligências artificiais.

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Quando máquinas podem substituir quase qualquer função cognitiva, o que exatamente torna você insubstituível? Sua criatividade? Sua empatia? Sua capacidade de tomar decisões complexas? Ou será que estamos apenas adiando o inevitável?

O futuro do trabalho não é mais sobre encontrar o emprego perfeito. É sobre descobrir onde, e se ainda precisamos de emprego.

Uma revolução silenciosa já começou. E a pergunta que fica é: você vai protagonizar essa história ou será substituído por ela? Vai surfar essa onda ou vai mergulhar?

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Marc Tawil

Estrategista de comunicação, mentor e palestrante. Foi eleito Especialista Nº 1 em Comunicação no LinkedIn Brasil em 2024 e 2025 pela Favikon e é Top Voice, Creator e Instrutor Oficial do LinkedIn Learning, com mais de 160 mil alunos. Colunista da Exame e da 98News, é membro do Reputation Council da Ipsos e quatro vezes TEDxSpeaker. Atuou por 17 anos em veículos como Globo, Estadão, Band e Jovem Pan, e fundou a agência Tawil Comunicação, certificada como BCorp e eleita pelo GPTW.

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