Silêncio não é só calar a boca, é abrir espaço para o outro. Quer ver na prática? (Freepik/Reprodução)

Silêncio não é só calar a boca, é abrir espaço para o outro. Quer ver na prática? (Freepik/Reprodução)

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Tem horas em que a melhor estratégia de comunicação é ficar em silêncio. Quem fala o tempo todo uma hora começa a ser ignorado. Em tempos de overdose de opinião, quem aprende a calibrar o tempo de se calar se destaca. No mundo corporativo, o silêncio pode ser leitura de cenário. Em vez de correr para emitir nota ou reagir impulsivamente a cada crise ou comentário, apenas observe.

Silêncio, como diria a linguista Deborah Tannen, é uma forma diferente de dizer algo. Pode sinalizar respeito, quando você escolhe não falar em cima do outro, autoridade, quando você se recusa a entrar em polêmica desnecessária, elegância, quando você escolhe não responder ataques e sim, pode ser desprezo estratégico quando você decide que aquela conversa não merece sua energia.

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Um exemplo, você está em uma reunião, apresente um dado forte Um argumento estratégico, uma decisão, feche a frase com segurança, pare, olhe para os colegas e segure o silêncio por 3 segundos como farei agora. 1 2 3. Esse intervalo cria expectativa e valoriza o que acabou de ser dito. É nesse espaço que o outro assimila e é onde se planta autoridade. Aprenda também a ouvir com o corpo.

Silêncio não é só calar a boca, é abrir espaço para o outro. Quer ver na prática?

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Oriente o corpo para a pessoa que fala, mantenha contato visual sem forçar, evite cruzar os braços ou olhar o celular, incline-se levemente para a frente enquanto escuta, esse é um sinal sutil de atenção e respeito, mas atenção, o silêncio só comunica bem quando vem de alguém que já construiu voz, quando o contexto é conhecido e quando existe coerência entre o que se diz e o que se faz.

Quando vem de quem nunca construiu narrativa, não é silêncio, é invisível A chave é a consistência. Em comunicação, pausa é recurso. O silêncio, quando bem utilizado, preserva capital simbólico sem você dizer uma só palavra.

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Christiane Rocha e Silva

Doutora em Administração com ênfase em Marketing, mestre em Gestão Estratégica de Organizações e especialista em Gestão de Pessoas. Graduada em Jornalismo, Relações Públicas, Administração e Letras. Atuou nas rádios Inconfidência e Guarani e chefiou a Assessoria de Comunicação da Ceasa Minas. Com mais de 30 anos de experiência em Comunicação e Gestão, é professora, consultora e especialista em oratória, marketing e produção de conteúdo estratégico.

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