Sinduscon-MG: irregularidade no registro de chapas complica eleição da entidade em BH

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© Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Bras

A eleição para a presidência do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), ganhou novos contornos esta semana, e o que já parecia confuso complicou ainda mais a escolha da nova diretoria da entidade — uma das mais importantes da indústria mineira.

O pleito — que tradicionalmente escolhe seus diretores em chapa única — viu pela primeira vez o surgimento de dois grupos concorrentes à vaga.

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Tratam-se de duas chapas: a do empresário Teodomiro Diniz Camargos, apoiada pelo atual presidente, Renato Ferreira Machado Michel; e a de Rafael Lafetá, diretor de Relações Institucionais da MRV.

Ocorre que, na última quinta-feira (1), surgiram denúncias de que Michel não havia acatado a inscrição de chapas concorrentes ao processo eleitoral — em clara desrespeito ao regulamento eleitoral do Sinduscon-MG.

O documento, ao qual a coluna teve acesso, questiona a postura da atual gestão diante da negativa à apresentação de chapas concorrentes no pleito de 2024, bem como a não divulgação do edital de eleições para este ano. A notificação é assinada pelo empresário Bruno Vinícius Magalhães, sócio-proprietário da Construtora Terrazzas LTDA e candidato à vice-presidente na chapa de Rafel Lafetá.

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Endereçado a Renato Ferreira Machado Michel, o documento pede a listagem atualizada das empresas aptas a participar, votar e serem votadas nas próximas eleições do sindicato, agendadas para o próximo dia 26 de agosto.

“Reitero a importância de um processo eleitoral transparente e justo, que respeite os princípios democráticos e permita a participação igualitária de todos os associados”, reforça Magalhães, no documento.

Restam então as questões que precisam ser respondidas pelo atual presidente do Sinduscon-MG, e que parecem reverberar pelo setor industrial:

– Por que a chapa concorrente está sendo impedida de acessar a documentação da chapa de situação?

– Por que falta transparência no atual processo eleitoral, com o não registro das chapas e, tampouco, da ata convocatória para as eleições de 2024?

– Por que o tema não está sendo debatido de forma clara e transparente, entre as empresas contempladas pelo Sinduscon-MG?

– O que quer o atual presidente com uma possível vitória de Teodomiro Diniz Camargos à presidência do Sinduscon-MG?

A coluna entrou em contato com a presidencia do Sinduscon-MG, que respondeu por meio de nota:

“Em resposta a solicitação de esclarecimento das questões levantadas por essa coluna, a atual diretoria do Sinduscon-MG informou que no ato da entrega da composição da chapa de oposição os funcionários do Sindicato responsáveis pelo recebimento entregaram um recibo e que a ata solicitada pela chapa opositora será lavrada posteriormente.

Com relação às dúvidas levantadas sobre o cumprimento do estatuto a atual direção do SindusconMG informou que o Conselho Consultivo da entidade será o responsável por dirimir quaisquer questões levantadas pela chapa de oposição”.

Que a lisura do processo eleitoral seja respeitada, e que a concorrência democrática e transparência siga sendo a máxima do Sinduscon-MG. A indústria agradece.

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Paulo Leite

Sociólogo e jornalista. Colunista dos programas Central 98 e 98 Talks. Apresentador do programa Café com Leite.

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