Muito bom dia, ela chegou: a Super Quarta. De pano de fundo, um cenário de aparente apetite pelo risco. O Ibovespa terminou a sessão de ontem acima do patamar dos 144 mil pontos pela primeira vez na história. Bolsas americanas rondam máximas e o ouro está em um nível de preço inédito.
A variação dos contratos de juros futuros, às vésperas da decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, também conta uma história. Os DIs fecharam em queda de ponta a ponta. Quanto maior o prazo de vencimento, maior também o tamanho da retração. Os contratos com vencimento em janeiro de 2027 recuaram quase cinco pontos-base. Os com vencimento em janeiro de 2029, nove pontos-base. E o DI1F33 registrou queda de praticamente 15 pontos-base.
Sabe o que isso significa? Que o mercado começa a precificar queda de juros. Mas a decisão de hoje pode mexer com todos esses ativos. No caso do mercado local, duas ponderações: primeiro, o volume negociado nos últimos dias está abaixo da média. Ontem foi uma exceção. Segundo, o investidor estrangeiro, que normalmente é responsável por alavancar os negócios aqui no Brasil — já que a moeda dele vale cinco vezes a nossa —, desta vez não está comprando.
O futuro da moeda americana caiu para a casa de R$ 5,31, refletindo nova retração de 0,46%. Esse patamar é o menor desde dezembro de 2023.
Agenda do dia: acerte o seu relógio, ajeite o marca-passo do seu coração, tire as crianças da sala e vamos lá.
- 15h (horário de Brasília): decisão de juros nos Estados Unidos. Lembra que eu comentei essa semana? Olho nos dot plots.
- 15h30: declaração do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell.
- 18h30: decisão de juros aqui no Brasil.
Cada um com a sua jabuticaba. Tem que estar no radar.