Um beijo no telão de um show e uma crise de reputação em uma empresa de tecnologia. Você viu o vídeo que viralizou no show do Coldplay? Um CEO e a chefe de Recursos Humanos da Astronoma — que são casados — foram flagrados pela famosa Kiss Cam, a “Câmera do Beijo”.
Um momento íntimo, mas também público — e, nesse caso, corporativo.
O que era só um gesto de carinho virou uma discussão séria nas redes sociais e no mundo dos negócios. Por quê? Porque envolve duas figuras estratégicas da empresa. E isso levanta questões importantes sobre governança, ética e imparcialidade. Especialmente quando falamos da área de RH, que precisa zelar por justiça nas decisões internas — como promoções e demissões, por exemplo.
O caso expõe um dilema muito atual: até que ponto a vida pessoal pode — ou deve — ser separada da vida profissional?
De um lado, há quem diga que foi exagero. De outro, líderes que sabem que precisam cuidar da própria imagem o tempo todo, especialmente em tempos de transparência radical e redes sociais atentas a cada passo.
A lição que fica: empresas precisam ter canais formais para lidar com esse tipo de situação envolvendo relacionamentos internos — comitês de ética, políticas claras, treinamentos sobre integridade e conflitos de interesse.
Mais do que declarar valores, é preciso viver esses valores no dia a dia. Mesmo quando as câmeras estão desligadas.