Durante anos, o nome de Marielle Franco foi usado como símbolo político. A esquerda transformou o caso em bandeira contra Jair Bolsonaro e sua família, mesmo sem qualquer prova que ligasse o crime a eles. A pergunta “quem mandou matar Marielle?” virou palavra de ordem em discursos, faixas e campanhas eleitorais.
Mas quando as investigações avançaram, a narrativa desmoronou. O suposto mandante, Domingos Brazão, é um político do Rio de Janeiro sem relação com Bolsonaro. A reação? Silêncio. Nenhum protesto, nenhuma cobrança. O caso deixou de servir como arma política e foi deixado de lado.
Mais grave ainda: foi o ministro Alexandre de Moraes, visto por setores da esquerda como um aliado contra o “autoritarismo” bolsonarista, quem concedeu prisão domiciliar ao acusado. E por isso, ele também foi poupado de qualquer crítica. Criticar Moraes, hoje, significaria romper com a figura que a esquerda e parte da mídia tratam como intocável, mesmo quando suas decisões são controversas.
A justiça por Marielle, que antes era urgente, agora parece ter sido arquivada junto com o interesse político. A indignação desapareceu porque o desfecho do caso não confirma a narrativa que muitos queriam sustentar. No fim, o uso político do crime ficou evidente. Justiça só importava enquanto servia a um lado. Quando a verdade atrapalhou o discurso, ela foi deixada de lado.