Escolhido por Hugo Motta para relatar o projeto de anistia que provoca intensos debates entre a base do governo Lula e a oposição, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) é visto como um aliado de apoio variável ao Palácio do Planalto.
Nascido Paulo Pereira da Silva em Porecatu, no Paraná, Paulinho da Força tem 57 anos, é sindicalista e metalúrgico. Entrou para a vida política em 2007, à época pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Em seu quinto mandato como deputado federal, Paulinho presidiu uma das mais influentes organizações sindicais do país, a Força Sindical. Atualmente, é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e também comanda o partido Solidariedade.
Apoio crítico ao PT
Apesar de manter vínculos com parte da base social do PT, partido do presidente Lula, Paulinho tem feito críticas recorrentes ao governo, especialmente à condução da economia no atual terceiro mandato do petista.
Segundo o Radar do Governismo, levantamento do portal Congresso em Foco, Paulinho vota com o governo em cerca de três a cada quatro pautas de interesse do Planalto. Em 2023, o deputado acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretendia permitir ao Congresso derrubar decisões da Suprema Corte.
Denúncia por desvios de recursos
Paulinho chegou a ser denunciado e condenado a 10 anos e 2 meses de prisão por suposta participação em desvios de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas conseguiu reverter a decisão em 2023, mantendo-se apto a disputar novas eleições.
Atualmente, ele responde a uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusado de receber doações da empresa JBS sem registrar esses recursos nas prestações de contas de campanhas de 2012 e 2020.