O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que Minas Gerais está com as contas controladas. Em entrevista na rádio 98 News, nesta quarta-feira (21/5), o governador falou sobre a dívida bilionária do estado com a União e garantiu que a imagem de Minas Gerais está melhorando diante dos fornecedores.
“Nós tivemos muitos avanços e melhorias avanços. Nós emagrecemos o estado para fortalecer o mineiro nesses seis anos e meio. Hoje o estado tem contas controladas, mas a situação de Minas ainda carece de grandes cuidados. Nós temos uma dívida de R$ 160 bilhões com a União. Eu falo que é igual alguém que está pagando o empréstimo da casa própria por 30 anos: essa dívida não vai ser paga nem por mim, nem pelo próximo governador, nem pelo seguinte”, disse.
“É uma dívida monstruosa, mas que pelo menos está sob controle. No passado nós perdemos o controle aqui. Quem é funcionário público e quem é aposentado sabe disso. A imagem de Minas tem melhorado acho que não tem exemplo melhor do que a credibilidade do estado com o fornecedor. Todo mundo quer vender para o estado de Minas hoje, porque sabe que vai receber pontualmente. Isso trouxe muitos bons fornecedores para o estado, com preço melhor. Hoje tudo o que o estado adquire é em condições mais competitivas. E o melhor: Minas se tornou um polo de atração de investimentos”, continuou Zema.
Adesão ao Propag ajudaria Minas
Zema disse que a adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) seria o ideal para que a dívida com a União seja quitada com uma taxa de juros menos. Para isso, porém, é necessário que Minas Gerais quite pelo menos 20% da dívida atual.
“Eu vou ficar com dó dos meus sucessores. Eles vão pegar um estado ingovernável. Ou nós reduzimos esse juros via Propag, ou daqui três, quatro anos a bomba vai explodir de novo em Minas Gerais. O estado não consegue pagar essa taxa de juros que o governo federal tem cobrado”, declarou.
“Nós temos caixa neste ano de 2025 um caixa apertadíssimo. Nós estamos hoje trabalhando no limite. Inclusive já fizemos cortes, já adiamos diversos projetos porque se não fizéssemos isso não teríamos recursos para pagar o 13º”, explicou.