O engenheiro de som Joseph Strange foi acusado de roubar e vender músicas inéditas do rapper norte-americano Eminem. O processo contra o ex-funcionário do artista foi revelado pelo Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) nessa quarta-feira (19/03).
Strange trabalhou entre 2007 e 2021 no estúdio Slim Shady, em Michigan (EUA), e teve acesso às canções do cantor Eminem em um computador sem internet. As investigações começaram após um vazamento ocorrido em janeiro deste ano, quando o engenheiro de som teria negociado 25 faixas do artista. Todas teriam sido gravadas entre 1999 e 2018 e divulgadas, portanto, sem autorização prévia do astro.
A acusação aponta que o ex-funcionário do rapper trocava as obras arquivadas por criptomoedas. Segundo o FBI, Strange seria minerador de Bitcoin e alegava ter acesso a mais de 300 músicas e letras inéditas de Eminem.
O documento do departamento estadunidense ainda menciona um dos compradores das canções, identificado como “Doja Rat”, que pagou aproximadamente US$ 50 mil (R$ 282 mil na cotação atual) para Strange. Embora tenha sido reconhecido, o indivíduo aparece apenas como testemunha no caso.
Conforme a lei do país norte-americano, o ex-funcionário de Eminem pode pegar até cinco anos de prisão e uma multa de até US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,4 milhão na cotação de hoje) em caso de condenação por violação de direitos autorais. Além disso, a pena pode aumentar para até 10 anos em caso de sanção por transporte interestadual de bens furtados.