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Exportação do aço brasileiro para EUA bate recorde após anúncio do tarifaço de Trump, aponta FIEMG

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Tarifas dos EUA devem impactar quase US$ 150 bilhões em produtos feitos com aço e alumínio. (Créditos: CNI/Miguel Ângelo)

O Brasil teve recorde de exportação de aço e alumínio para os EUA, apesar da nova taxação de 25% imposta pelo país norte-americano sobre a importação de ambos metais, que entrou em vigor nesta quarta-feira (12/3), em todo país. O resultado, que representou 56% de exportação acima da média mensal de 2024, foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Dessa fatia, Minas responde por 30% da produção nacional de aço e 10% das exportações de alumínio. Segundo Verônica Winter, analista de negócios internacionais da FIEMG, o efeito foi gerado pelas empresas frente à possibilidade do aumento da taxa.

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“O que conseguimos observar é um aumento expressivo das importações desses produtos pelos Estados Unidos em janeiro, especialmente em relação ao aço, que teve o resultado mais expressivo dos últimos 3 anos”, explicou.

O montante, segundo a FIEMG, somou 2,8 milhões de toneladas. No ano passado, o Brasil vendeu para os EUA quatro milhões de toneladas, o maior volume desde 2017, quando chegou a 4,6 milhões.

“Por se tratar de uma taxação aplicada a todas as economias e não somente à brasileira, o cenário colocaria os países em condições de concorrência mais equilibradas. Tudo vai depender das negociações bilaterais entre o país norte-americano e o Brasil”, ressalta o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe.

A taxação vai impactar em quase US$ 150 bilhões em produtos feitos com esses metais, desde porcas e parafusos até lâminas de escavadeiras, ameaçando repassar o aumento para indústrias e consumidores.

Vantagem competitiva

Roscoe destaca que a expectativa é de que o Brasil tenha oportunidade de obter uma vantagem competitiva, por complementar a indústria americana nesse segmento. Além disso, o presidente da FIEMG acredita que ambos países podem negociar e encontrar uma solução para o aumento da tarifa.

“Se houver um acordo, a tendência é de que a exportação de aço brasileiro aumente para os Estados Unidos, com um cenário positivo. Entretanto, se o bom senso não prevalecer, haverá consequências para parte da indústria siderúrgica nacional, especialmente a mineira”, afirma.

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