No último domingo (11) o Atlético venceu o Fluminense de virada por 3 a 2 em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. A partida marca o retorno do Atlético para a Arena MRV, após cinco meses fora.
A torcida atleticana se incomodou muito com o resultado parcial de 1×0 no inicio do segundo tempo para o Fluminense e começou a cantar “time sem vergonha”. Com isso, o Galo precisou de um segundo tempo surpreendente para superar o embalo do tricolor.
Durante o 98 Futebol Clube, Igor Assunção, setorista do Atlético, avaliou o comportamento da torcida atleticana. Na visão dele, a reação inicial dos jogadores ao ouvir o coro de “time sem vergonha” foi de “veneno”. Ele argumentou que a reação da torcida na arquibancada pode ter trazido o “ânimo que faltava ao time do Atlético, que tava muito passivo no jogo”.
Igor ainda ressaltou que não é totalmente contra vaias ou críticas pontuais, mas que isso não deve se tornar rotina ou a expectativa de que xingar fará o time jogar. Ele considerou o segundo grito de “time sem vergonha”, ocorrido quando o placar era 2 a 1 para o Fluminense, “exagerado porque naquele momento o time tava entregando, o time tava se dedicando, tava correndo”.
O técnico Cuca também abordou a questão, destacando o que chamou de “bipolaridade” da torcida atleticana. Segundo ele a torcida oscilou de chamar o time de “sem vergonha” para considerá-lo o “time da virada, o time do amor”. Cuca avaliou também o momento do empate. “Naquele exato momento a gente empatou, aí virou, aí já era o galo, o time da virada, né? Não era mais sem vergonha”.
O técnico ainda contextualizou que a equipe atual passou por muitas mudanças, com a saída de 15 jogadores e a chegada de 10 (agora 11 com Dudu), e que “não tem como já ter um conjunto”, sugerindo que o time ainda está em formação.