Morreu nesta quinta-feira (15/5), aos 77 anos, Antério Mânica, fazendeiro e ex-prefeito de Unaí, na região Noroeste de Minas Gerais, condenado pela Chacina de Unaí. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês e fazia tratamento contra um câncer no pâncreas.
Antério Mânica foi condenado a uma pena de 99 anos de prisão por ser um dos mandantes dos homicídios dos três fiscais do Trabalho e de um motorista no crime que ficou conhecido Chacina de Unaí.
Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram executados a tiros, enquanto se preparavam para uma fiscalização em fazendas de feijão da zona rural da cidade, suspeitas de contratarem trabalhadores irregularmente.
Norberto Mânica, irmão de Antério Mânica, também foi acusado de ser mandante do crime, e o empresário José Alberto de Castro, foi apontado como intermediário. Norberto Mânica foi condenado a pena de 98 anos, 6 meses e 24 dias de prisão e Castro a 96 anos, 5 meses e 22 dias.
Antério foi eleito prefeito de Unaí em 2004 e 2008. Durante este período tinha direito a julgamento em foro especial e, por esse motivo, seu processo tramitou em separado ao dos outros acusados.