Cerca de quatro mil trabalhadores da educação municipal de Belo Horizonte participaram, nesta terça-feira (1/7), de assembleia de greve, considerada a maior desde o início da paralisação em 5 de junho.
O ato, realizado em frente à Prefeitura, na Avenida Afonso Pena, reuniu servidores de toda a rede em uma manifestação que ocupou as duas faixas da via e reforçou a mobilização pela valorização da categoria.
Por unanimidade, a assembleia aprovou a continuidade da greve. A paralisação já dura quase um mês e ocorre em meio a impasses entre o Sind-Rede (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte) e a administração do prefeito Álvaro Damião (União Brasil).
A categoria critica o que classifica como tentativas do prefeito de enfraquecer o movimento. Damião recorreu à Justiça para tentar barrar a greve, mas teve o pedido de liminar negado.
A prefeitura também anunciou medidas como a abertura das escolas aos sábados para oferecer merenda, mas a iniciativa encontrou resistência até mesmo entre diretores escolares.
Além disso, o anúncio do corte de ponto dos profissionais em greve não reduziu a adesão ao movimento, segundo o Sind-Rede. O sindicato diz que o apoio à greve tem se ampliado, com manifestações de solidariedade de parlamentares, sindicatos, movimentos populares e famílias de estudantes.
A direção do sindicato afirma que a greve segue por tempo indeterminado e que a categoria se mantém disposta à negociação, mas cobra avanços concretos por parte da prefeitura.