Até 2030, 70% das habilidades, utilizadas na maioria dos empregos, vão ter mudado completamente, segundo dados do LinkedIn, baseados em milhões e milhões de perfis profissionais. Essa não é uma previsão futurista, é a transformação em curso que já redefine carreiras de forma global.
O Fórum Econômico Mundial confirma essa magnitude. 170 milhões de novos postos de trabalho vão ser criados entre esse ano, 2025, e 2030, enquanto 92 milhões de empregos atuais vão desaparecer. Mais dramático ainda: 39% das habilidades existentes vão se tornar obsoletas nos próximos 5 anos. A tecnologia, então, não vai eliminar competências humanas, mas vai exigir uma reformulação radical do uso delas.
A engenharia de prompt, por exemplo, hoje em alta, pode evoluir para gestão de modelo de linguagem. Tarefa operacional migra para automação, enquanto profissionais assumem funções estratégicas e de supervisão. A McKinsey projeta até 800 milhões de trabalhadores em nível global, precisando adquirir novas competências até 2030.
E no Brasil, metade dos trabalhadores indica que inteligência artificial e big data são prioridades de requalificação. Criatividade, liderança, pensamento crítico, inteligência emocional e comunicação emergem como competências insubstituíveis. Empatia, colaboração, capacidade para você poder gerar soluções inovadoras, permanecem exclusivamente humanas.
Paralelamente a isso, funções administrativas, secretariais e operacionais enfrentam substituição acelerada. O tempo que bastava para dominar essas competências da própria área ficou para trás. É necessário ampliar repertórios, compreender tecnologia, estar preparado para mudança acelerada. A questão não é mais se a IA vai transformar o trabalho, mas quão rapidamente os profissionais vão se adaptar a essa metamorfose inevitável.