PUBLICIDADE
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Após reuniões com empresários, Alckmin descarta pedir mais prazo para ‘tarifaço’ de Trump

Siga no

Vice-presidente e ministro da Indústria conversou com entidades do setor produtivo nesta terça-feira (15) (Foto: MDIC / Divulgação)

Compartilhar matéria

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), descartou pedir o adiamento de 90 dias no prazo para aplicação do “tarifaço” de Trump sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

A decisão foi comunicada após duas reuniões de Alckmin com empresários do setor produtivo brasileiro — às 10h, o ministro se encontrou com representantes da indústria e, às 14h, do agronegócio.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

“Houve a colocação que o prazo é exíguo. A ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas procurar resolver [a questão] até o dia 31”, afirmou Alckmin. Segundo ele, o objetivo é que o governo Lula chegue a um acordo com os Estados Unidos “nos próximos dias”. A tarifas impostas por Trump têm início previsto em 1º de agosto.

Empresários dos EUA criticam “tarifaço”

A Câmara de Comércio dos Estados Unidos (U.S. Chamber of Commerce) fez coro no pedido por negociação entre Brasil e Estados Unidos, com o objetivo de derrubar as sanções de Trump.

Em nota publicada nesta terça-feira, a entidade — considerada a maior organização empresarial do mundo — afirmou que as tarifas de 50% “elevam os custos para as famílias” dos Estados Unidos. “A tarifa proposta de 50% afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, elevando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade de setores produtivos estratégicos”, avalia a Câmara. A nota também é assinada pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil – Amcham Brasil.

“A Câmara de Comércio dos EUA e a AmCham Brasil instam os governos americano e brasileiro a se engajarem em negociações de alto nível para evitar a implementação de tarifas prejudiciais. Impor tais medidas em resposta a tensões políticas mais amplas corre o risco de causar danos reais a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, e estabelece um precedente preocupante. A tarifa de 50% proposta impactaria produtos essenciais para as cadeias de suprimentos e os consumidores dos EUA, aumentando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade das principais indústrias americanas” afirmam as entidades, no comunicado.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

“Mais de 6.500 pequenas empresas nos EUA dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3.900 empresas americanas investem no país. O Brasil é um dos 10 principais mercados para as exportações dos EUA e o destino de quase US$ 60 bilhões em bens e serviços dos EUA todos os anos”, completa.

“Uma relação comercial estável e produtiva entre as duas maiores economias do Hemisfério beneficia os consumidores e sustenta empregos e a prosperidade mútua. A Câmara dos EUA e a AmCham Brasil estão prontas para apoiar os esforços que conduzam a uma solução negociada, pragmática e construtiva — uma solução que evite a escalada e garanta a continuidade do comércio mutuamente benéfico”, finaliza.

Compartilhar matéria

Siga no

Lucas Rage

Coordenador de jornalismo da Rádio 98 FM. Formado em Comunicação Social pela Faculdade Fumec. Com passagens pelo Jornal Estado de Minas/Portal Uai, Rock Content e CDL/FM.

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de 98

CPMI do INSS convoca dono do Banco Master e governador Zema

CPMI do INSS aprova convocação e quebra de sigilo de Daniel Vorcaro

Brasil tem grande potencial para minerais críticos, aponta Ipea

Motta critica decisão de Gilmar sobre impeachment e atribui medida à ‘polarização política’

PIB do 3º trimestre de 2025 sobe 0,1% ante o trimestre anterior, afirma IBGE

PF investiga ligação de Castro com proteção ao Comando Vermelho na Alerj

Últimas notícias

A síndrome do ‘eu também’ no empreendedorismo brasileiro

O peso da saúde no orçamento das famílias

Por que a vacina do Butantan contra a dengue é um avanço

Guarapari passa a cobrar taxa de excursões

O papel da liderança na comunicação de crise

Por que o PIB per capita do Brasil segue estagnado

Filipe Luís aponta Cuca como o técnico que mais lhe tirou o sono em 2025

A conta do improviso: mais impostos e menos crescimento

O que a Oscar Freire revela sobre o futuro das cidades brasileiras