EUA sinalizam publicação de documento da Seção 301 sobre Brasil no diário oficial desta sexta

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O Brasil também é acusado de enfraquecer o combate à corrupção (White House/Divulgação)

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O governo dos Estados Unidos, por ordem direta do presidente Donald Trump, abriu uma investigação contra o Brasil por práticas comerciais que considera “injustas ou discriminatórias” e que “restringem ou oneram o comércio” com empresas americanas. O processo foi iniciado formalmente na terça-feira (15/7) e será publicado na sexta-feira (18/7) no Federal Register, o diário oficial americano.

Entre os principais pontos, o documento assinado pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) acusa o Brasil de conceder tarifas preferenciais à Índia e ao México, mas não aos EUA, criando um ambiente de concorrência desigual. Segundo a investigação, “o Brasil aplica tarifas mais baixas apenas a determinados grandes parceiros comerciais em setores específicos”, enquanto mantém tarifas elevadas para produtos americanos. Como exemplo, cita-se que veículos do México entram no Brasil sem tarifas, enquanto similares dos EUA pagam entre 14% e 35%.

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O Brasil também é acusado de enfraquecer o combate à corrupção. O documento menciona “acordos opacos de leniência com empresas corruptas” e críticas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que anularam condenações por lavagem de dinheiro em “um caso altamente divulgado”.

Outro foco é a proteção à propriedade intelectual. O governo americano afirma que a rua 25 de Março, em São Paulo, “permanece há décadas como um dos maiores mercados de produtos falsificados”, e que não há punições duradouras para coibir essas práticas.

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O acesso ao mercado de etanol também é alvo de críticas. Após anos de comércio praticamente livre, “o Brasil abandonou essa abordagem mutuamente benéfica” e voltou a impor tarifas, o que teria derrubado as exportações americanas de US$ 761 milhões em 2018 para US$ 53 milhões em 2024.

A investigação ainda aponta que produtores brasileiros de soja e milho utilizam “terras ilegalmente desmatadas”, o que geraria uma vantagem competitiva injusta frente aos agricultores americanos. A prática estaria ligada a “corrupção sistêmica e uso de documentos fraudulentos”, permitindo que madeira e produtos agrícolas ilegais cheguem ao mercado dos EUA.

A USTR informa que fará uma audiência pública em 3 de setembro e, se necessário, em 4 de setembro.

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