Fleury realmente foi um dos principais destaques da sessão dessa segunda-feira (22/7). O papel fechou em alta de 14,89%, a R$ 14,51 — uma valorização muito relevante para o ativo, que negociou um volume de 265 milhões de reais, bem acima da média para a ação ordinária.
Ocorre que, segundo o jornalista Lauro Jardim, a Rede D’Or está interessada em adquirir o grupo Fleury. Imagine que você está aí no seu carro, ouvindo o Start, e não está pensando em vendê-lo. Seu carro está avaliado em 50 mil reais, mas, de repente, chega um comprador disposto a pagar 65 mil — 30% a mais.
Pois bem, essa diferença, essa margem, esse prêmio, acontece também nas empresas com capital aberto. Quando a empresa A quer comprar a empresa B, ela não vai pagar exatamente o valor de tela, porque esse é o valor médio pelo qual as ações estão sendo negociadas. Se ela quer tomar o controle, se quer comprar a maior parte das ações dessa companhia, precisa pagar um prêmio.
A expectativa, segundo matéria publicada no Valor Econômico, é que o prêmio, neste caso envolvendo Rede D’Or e Fleury, seja na casa dos 30%. Vale dizer — muito importante — que a Rede D’Or soltou um fato relevante dizendo que não há nada concreto em relação a essa negociação, mas que a companhia está sempre de olho em oportunidades no mercado.
O Ibovespa terminou esta segunda-feira em alta de 0,59%, aos 134.166 pontos. O futuro da moeda americana encerrou o dia em queda tímida de 0,21%, negociado a R$ 5,58.
Agenda do dia — acerte o seu relógio: temporada de balanços a todo vapor no Brasil. A Neoenergia abre os trabalhos. E, lá nos Estados Unidos, a Coca-Cola divulga seus dados referentes ao segundo trimestre do ano.
Às 9h30 da manhã, no horário de Brasília, tem discurso do presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell — bem importante. E às 14h, ainda no horário de Brasília, quem fala é Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. Tem que estar no radar.