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(Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

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No Visão Macro de hoje, vamos falar sobre um tema bastante difícil: política. Mas não sobre candidatos especificamente, e sim sobre como a política — ou a expectativa do processo político ao longo do tempo, em termos eleitorais — acaba moldando o nível de preços que vemos na economia, principalmente em ativos de risco.

Isso inclui bolsa, moeda, juros — especialmente os de prazo mais longo —, assim como títulos atrelados à inflação ou juros reais longos em patamares altos ou baixos. É importante colocar isso dentro de um contexto histórico. Olhando para trás, nas últimas eleições, sejam no Brasil, na América Latina ou em outros lugares do mundo, em geral o processo político começa a influenciar os preços nos mercados cerca de seis a oito meses antes da eleição.

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Esse efeito está, muito provavelmente, ligado ao próprio calendário eleitoral. Mas também é preciso considerar choques exógenos que podem ocorrer tanto na economia quanto no cenário externo e interno, de maneira idiossincrática, e que têm a capacidade de antecipar muito a discussão política ao longo do tempo.

Isso é bastante perceptível agora no Brasil, onde já discutimos antecipadamente a eleição de 2026, e os preços, obviamente, já estão respondendo de forma concreta a essa variação das probabilidades de que cada candidato ou cada polo eleitoral consiga angariar votos. Isso pode ser explicado inclusive pela teoria do eleitor mediano: quem vence uma eleição, em geral, depende não apenas do processo econômico corrente, mas principalmente de como esse processo é percebido em termos de preços, emprego e atividade econômica, bem como do grau de certeza econômica transmitido ao longo do tempo ao eleitor mediano — aquele que não se posiciona nos polos mais à esquerda ou mais à direita.

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Gustavo Andrade

Mestre em Economia pela UFMG (ênfase em microeconometria e finanças), com extensão pela London School of Economics. É docente em Economia e Finanças em faculdades renomadas, além de ter atuado ativamente como gestor e estrategista de portfólios desde 2013. Atualmente, além da docência em magistério superior, também atua como gestor de risco da Virtus Nexus Asset Management.

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