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A secretária ressaltou que gerar vagas não basta. Segundo ela, é preciso preparar a mão de obra (Elizabete Guimarães/ALMG)

A secretária ressaltou que gerar vagas não basta. Segundo ela, é preciso preparar a mão de obra (Elizabete Guimarães/ALMG)

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A secretária de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais e deputada estadual licenciada, Alê Portela, avalia que o emprego é o maior programa social do governo. Em entrevista à 98 News, nesta segunda-feira (11/8), ela apresentou números e ações da pasta, como programas de qualificação profissional, melhorias habitacionais e projetos para mulheres vítimas de violência.

1 milhão de empregos e qualificação profissional

Ao comentar a marca de 1 milhão de empregos alcançada pelo estado desde 2019, divulgada pelo governador Romeu Zema, Portela destacou a importância do trabalho como política social.

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“Eu fico muito feliz em poder estar comemorando essa marca de 1 milhão de empregos que, desde o início, no meu primeiro dia como secretária, o governador Romeu Zema falou da importância e, claro, mostra que o maior programa social que nós temos em Minas hoje é o emprego”, disse.

“Então, quando a gente fala em desenvolvimento social, a gente está falando em desenvolvimento social com desenvolvimento econômico, agregando aí boas condições no estado para poder fazer negócios e relacionar. E eu acho que mostra um equilíbrio entre mercado de trabalho, entre público, entre as pessoas, entre o mineiro e isso é muito importante”, comentou.

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A secretária ressaltou que gerar vagas não basta. Segundo ela, é preciso preparar a mão de obra.

“Não basta apenas ter a oferta lá, a oferta precisa ser preenchida. E, para que essas vagas sejam preenchidas, nós entramos com todo o trabalho de qualificação profissional. Nós temos o programa Minas Forma, temos o programa Trilhas do Futuro da Secretaria de Educação, que investiu 1 bilhão e meio desde 2021 nas crianças. Nós, no Minas Forma, estamos aqui com 10 mil ofertas de cursos de qualificação na área de turismo, cultura, indústria”, conta.

“Não é somente ter lá a oferta do emprego, é preencher com qualidade, com qualificação e gerando oportunidade para que a gente tenha o match do trabalhador com as empresas. Nós fizemos também o feirão de empregos… Esse é um trabalho contínuo da Cedes, promover e fazer com que essas vagas sejam preenchidas com qualidade.”

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Integração entre secretarias e empresas

Portela explicou que a escolha dos cursos é feita a partir de diálogo com outras secretarias e com empresas que chegam a Minas.

“É importante falar também da nossa união dentre as secretarias e como a gente conversa… porque a gente sabe que trabalhar com política pública é trabalhar de maneira intersetorial. E a pasta do Desenvolvimento Social, ela é uma pasta que comunica com meio ambiente, com desenvolvimento econômico, com educação, com saúde”.

“Nós conversamos, recebemos as empresas através da Invest Minas, para poder entender se daquela cidade ali precisa de uma indústria, se é uma capacitação específica na área de energia elétrica, por exemplo, ou na área de manufatura, ou numa área de turismo, hotelaria, uma cidade vai receber um hotel novo, precisa de cursos de camareira, precisa de curso até de barista, nós estamos ofertando.”

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Utramig e capacitação em Belo Horizonte

Ao falar sobre a Utramig, instituição de qualificação profissional ligada à Sedes, a secretária destacou a atuação na capital e na região metropolitana.

“A Utramig é uma empresa da administração indireta ligada à Sedes. Nós focamos em curso de qualificação profissional aqui na cidade de Belo Horizonte. Tem formação contínua, tem também formaturas acontecendo… Temos mais de 500 alunos hoje na Ultra MIG. É um trabalho constante voltado para a região metropolitana. As pessoas que estão interessadas podem entrar no site cdessocial.mg.gov.br para ver os cursos disponíveis.”

Jogos Escolares com 100% de adesão

Sobre o JEMG, Portela comemorou a participação de todos os municípios mineiros pela primeira vez nos Jogos Escolas de Minas Gerais.

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“O JEMG marca a vida do estudante. E ele muda a vida do estudante, pois ele tem muito aprendizado ali. Não é somente uma competição, ele aprende resiliência, ele aprende trabalho em equipe. Tem também a questão do intercâmbio cultural entre os alunos, conhecer novas cidades, conhecer novas pessoas e temos casos incríveis de atletas que passaram pelo JEMG e hoje são medalhistas olímpicos. São 25 milhões esse ano investidos nessa política e, claro, muito feliz em dizer que é o primeiro ano que nós conseguimos 100% de adesão. Todo o estado de Minas Gerais hoje participa do JEMG, os 853 municípios foram inscritos.”

Ela atribuiu o resultado à seriedade da organização e ao diálogo com os municípios: “o segredo é, primeiro, o sucesso do JEMG. Quanto mais a gente tem uma política séria, um JEMG organizado, os municípios ao lado vão vendo, vão conhecendo e trazendo sempre para o diálogo.”

Morada Gerais e a qualidade da habitação

Ao abordar o déficit habitacional, a secretária explicou que o programa Morada Gerais prioriza a qualidade das moradias já existentes.

“Assim que eu assumi a pasta da Cedes, o nosso vice-governador Matheus Simões me trouxe uma preocupação muito importante: precisamos falar de qualidade habitacional. Quando se fala em déficit habitacional, nós falamos que as pessoas não têm moradia. Mas e as que têm? Qual é a qualidade da moradia dessas pessoas? Quantas estão morando no mesmo cômodo? Nós temos na Cedes um índice que se chama IPM, índice de pobreza multidimensional, e medimos exatamente isso.”

Ela citou um caso atendido na comunidade Novo Lajedo, em Belo Horizonte. “Temos uma família lá cuja criança passou por um transplante de fígado e não poderia conviver com mofo. Entramos na casa, completamente mofada. Essa criança foi uma das primeiras atendidas. Não é só dar uma casa, mas preocupar com onde e como essas pessoas estão morando.”

Assistência social com foco em autonomia

Portela afirmou que políticas sociais devem buscar a independência do beneficiário. “Não dá para tampar os olhos e dizer que realmente isso aconteceu. Qualquer empresário hoje pode falar dessa dificuldade que tem de conseguir mão de obra. Mas é possível sim fazer programas sociais e trabalhar a emancipação do indivíduo. O indivíduo precisa da assistência, mas não pode depender dela para viver. Temos programas exatamente que cuidam da porta de saída, seja pela qualificação profissional, seja pelo programa Percursos Gerais, que pega essa família e cuida dela junto com a assistência social do município até conseguir um emprego e viver independente.”

Ela destacou que o Morada Gerais contrata trabalhadores da própria comunidade atendida. “Nós estamos colocando um programa em que a própria comunidade participe e gere emprego ali naquele local.”

Trajeto Moda e apoio a mulheres

Ao falar do Trajeto Moda, a secretária ressaltou que o projeto vai além do ensino de costura. “O Trajeto Moda é um dos programas que a gente dá tanta atenção. Ele não é apenas colocar uma máquina de costura e dar um curso de costura para mulher. Fazemos um tratamento socioemocional, explicamos noções de empresariado, de empreendedorismo, buscando que ela saia dali tendo o próprio negócio. Resgatamos a autoestima, a segurança, não somente a renda dessa mulher. Selecionamos mulheres que muitas passaram por situação de violência. Muitas tratam disso no curso e se sentem abertas a contar as histórias, e a gente faz os encaminhamentos. Isso é muito importante.”

Parcerias com o setor privado

Por fim, Portela avaliou a participação das empresas nas políticas sociais. “Eu tenho essa percepção clara e concreta pelos convites que recebemos para participar de feiras. O Sebrae promove, a FIEMG promove… A gente está sempre participando de rodas de conversa, levando políticas sociais. As empresas têm trabalhado muito com políticas socioambientais. Nos procuram bastante, e ficamos felizes de acompanhar esse trabalho.”

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Roberth R Costa

Atuo há quase 13 anos com jornalismo digital. Coordenador Multimídia. Rede 98 | 98 News

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