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De onde vem esse termo? (Arquivo Agência Brasil)

De onde vem esse termo? (Arquivo Agência Brasil)

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Olha, desde o lançamento, há pouco mais de um mês, a audiência da 98 News tem crescido muito além das expectativas. Bom, pelo menos é o que diz o nosso benchmark. Agora só falta entender o que, de acho, é benchmark. De onde vem esse termo? Bom, os termos benchmark e benchmarking já são consagrados no mundo dos negócios. É o jargão para padrão de referência ou modelo comparativo.

Mas a expressão, curiosamente, vem do campo, da roça, mais precisamente da agrimensura. Você acredita? Bom, vamos entender, né? A agrimensura é a disciplina que se aplica à medição de grandes espaços. Agri deriva do latim agro, que quer dizer campo. À medida que vai mapeando diferentes elevações em um terreno, o agrimensor vai fazendo marcas na encosta de uma montanha para indicar as alturas conhecidas. Ele entalha na pedra um traço horizontal ou um marco (mark, em inglês).

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Em seguida, instala ali uma cantoneira de metal em “L”, formando um pequeno apoio, uma pequena bancada, ou bench, em inglês. Com isso, o técnico pode agora apoiar novas réguas de medição sobre o marco da bancada, ou seja, bench mark em inglês. E é daí que vem esse termo que já é antigo, tá? Foi usado pela primeira vez em um estudo publicado em 1838.

Há uma outra história que circula por aí, associando a origem do termo à calibragem de armas de fogo, aqueles mosquetões antigos de mira imprecisa, mas essa versão é mais fantasiosa e carece de registros formais. No fim das contas, um benchmark — esse jargão tão frequente nas reuniões do mundo corporativo — é qualquer padrão de referência que você tenha à mão. Pode ser até aquela fita métrica que o vendedor de tecidos cola sobre o balcão para medir os cortes de pano.

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Agora, nas reuniões, pelo menos por enquanto, é melhor você dizer mesmo benchmark, nem que seja para impressionar o chefe. E aí, gostou da história? Então fica aí que, daqui a pouco, eu conto outra.

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Ewandro Magalhães

É contador de histórias e especialista em comunicação internacional. Foi chefe-intérprete de uma agência da ONU em Genebra e já emprestou sua voz a líderes como Obama, Lula e Dalai Lama em reuniões de cúpula mundo afora. É autor de três livros, palestrante internacional TEDx e cofundador de uma startup de tecnologia com sede em Nova York. Mineiro de Belo Horizonte, é criador de conteúdo sobre linguagem e curiosidades. Domina seis idiomas e vive atualmente nos Estados Unidos.

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