A mais recente pesquisa Future of Work Survey, conduzida pela JLL com milhares de executivos em todo o mundo, revela que os líderes estão diante de um dilema estratégico: como equilibrar produtividade, bem-estar e propósito em ambientes de trabalho que se transformam em ritmo acelerado.
O estudo aponta que 84% dos executivos enxergam a necessidade de reinventar radicalmente os modelos de trabalho até 2030, incorporando tecnologias digitais, novas formas de liderança e maior flexibilidade nos arranjos presenciais e híbridos. Ao mesmo tempo, 77% reconhecem que os espaços físicos ainda desempenham papel essencial na construção da cultura organizacional, na inovação e no pertencimento.
Um ponto de atenção é a lacuna entre discurso e prática. Embora a maioria das empresas já invista em iniciativas de transformação, somente 40% afirmam ter uma estratégia clara de médio e longo prazo para lidar com o impacto das mudanças tecnológicas, do envelhecimento populacional e da pressão por sustentabilidade. O relatório também sugere que as lideranças mais bem preparadas são aquelas que conseguem conectar eficiência operacional com cuidado humano.
Em vez de apenas oferecer ferramentas digitais, elas investem em ambientes de confiança, autonomia e aprendizagem contínua. No cenário brasileiro, a mensagem é ainda mais relevante: organizações que quiserem se manter competitivas vão precisar encarar não só as demandas de produtividade, mas também as expectativas crescentes de colaboradores por experiências de trabalho mais saudáveis, inclusivas e coerentes com seus valores.