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(IMAGEM ILUSTRATIVA/Reprodução/Redes sociais)

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No Visão Macro de hoje, vamos dar continuidade aos temas de estrutura de mercado. Já falamos sobre a importância da concorrência como motor de crescimento, de qualidade e de redução dos preços para a sociedade, gerando esse efeito-renda positivo.

Entretanto, também precisamos discutir outras estruturas de mercado que fazem muito sentido no Brasil. O que quero dizer com isso? O Brasil é um exímio formador de oligopólios.

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À medida que a volatilidade do crescimento econômico machuca as empresas — seja pelo custo de crédito, seja pelo impacto na demanda por seus produtos, seja pelos ciclos econômicos penosos e recorrentes —, algumas companhias acabam ganhando espaço em cima das outras. As que sobrevivem a esses processos aumentam cada vez mais o seu market share.

Embora esse movimento pareça, num primeiro momento, concorrencial, com empresas se enfrentando em busca de eficiência, ao longo do tempo ele gera um efeito nocivo: a formação de oligopólios. Em determinados setores, poucas empresas passam a concentrar grandes decisões de mercado e a exercer forte influência sobre os preços.

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Quanto mais ampla é a concorrência — ou mesmo a concorrência monopolística, quando existe alguma diferenciação —, menor é o poder individual de definir preços, que acabam sendo compartilhados entre empresas e consumidores. Já os oligopólios apresentam maior capacidade de determinação de preços, mesmo quando concorrem via quantidade ou via estratégia de precificação.

No caso brasileiro, a volatilidade do crescimento acabou impondo à sociedade custos maiores ao longo do tempo, justamente porque o mercado se concentrou em poucas empresas. Essas companhias, em vários setores, se tornaram maiores e mais poderosas.

Isso, por si só, não seria o maior problema. O grande ponto é que o acesso ao capital no Brasil é limitado e caro. Com custos elevados, a concorrência se enfraquece. Quando os oligopólios se consolidam, surgem barreiras de entrada mais altas e menor possibilidade de novos competidores. O resultado é simples: menos concorrência, preços mais altos e menor qualidade dos serviços para a sociedade.

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Gustavo Andrade

Mestre em Economia pela UFMG (ênfase em microeconometria e finanças), com extensão pela London School of Economics. É docente em Economia e Finanças em faculdades renomadas, além de ter atuado ativamente como gestor e estrategista de portfólios desde 2013. Atualmente, além da docência em magistério superior, também atua como gestor de risco da Virtus Nexus Asset Management.

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