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Um levantamento recente do TCU (Tribunal de Contas da União) revela que os benefícios para a caderneta de poupança e para o setor automotivo são os que apresentam maior grau de risco (Valter Campanato/Agência Brasil)

Um levantamento recente do TCU (Tribunal de Contas da União) revela que os benefícios para a caderneta de poupança e para o setor automotivo são os que apresentam maior grau de risco (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Você sabia que hoje mais de 1/5 de tudo que o governo deixa de arrecadar, os chamados benefícios fiscais, está concentrado em apenas alguns setores?

Um levantamento recente do TCU (Tribunal de Contas da União) revela que os benefícios para a caderneta de poupança e para o setor automotivo são os que apresentam maior grau de risco entre todos os incentivos fiscais vigentes. Eles receberam pontuação máxima no ranking que considerou quatro critérios críticos de avaliação.

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Logo atrás, aparecem ainda as deduções de Imposto de Renda da Pessoa Física, como gastos com saúde e educação, os incentivos da Zona Franca de Manaus e os benefícios para o setor de informática e automação, todos com classificação de alto risco.

O TCU avaliou também falhas graves na regulamentação, baixa efetividade de resultados, falta de monitoramento adequado e pouca viabilidade de revogação desses incentivos. Todos esses benefícios representam 84% das renúncias fiscais previstas pelo Governo Federal. Muitos deles não têm prazo de fim definido ou mesmo um órgão responsável por monitorar sua execução. São verdadeiras renúncias sem controle.

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O que isso significa? Simples: estamos abrindo mão de receitas bilionárias — na casa de centenas de bilhões de reais, correspondendo a 4,8% do PIB — sem garantia de retorno social ou econômico efetivo.

Em economia, não existe alquimia. Gastar menos não é economizar, e renunciar receita não é investimento. O que precisamos é de políticas públicas bem desenhadas, com critérios claros, metas, avaliação de impacto e, sobretudo, transparência.

Não dá para manter isenções indefinidamente sem saber o que está sendo feito e o que realmente faz diferença.

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Izak Carlos

É economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Formado em economia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com MBA em Gestão Financeira pela Fundação Getúlio Vargas, mestrado e doutorado em economia aplicada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), já atuou como economista, especialista e consultor econômico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Izak também é sócio-diretor da Axion Macrofinance e Especialista do Instituto Millenium.

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