O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira (26/08) o reforço do policiamento ostensivo na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão ocorre após um pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, por um “risco concreto” de fuga de Bolsonaro. A determinação menciona, ainda, que o ex-presidente poderia se abrigar na Embaixada dos Estados Unidos, que fica a 10 minutos de sua casa.
O reforço no policiamento também foi orientado pela Procuradoria Geral da República. Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, o monitoramento deverá ser feito com discrição, sem invadir a privacidade do domicílio do réu nem causar perturbações aos vizinhos.
A orientação de Gonet é reforçada por Moraes, que deixou a critério da Polícia do Distrito Federal o uso ou não de fardamento durante as ações de vigilância. “O monitoramento realizado pelas equipes da Polícia Penal do Distrito Federal deverá evitar a exposição indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, sem adoção de medidas intrusivas da esfera domiciliar do réu ou perturbadoras da vizinhança; ficando ao seu critério a utilização ou não de uniforme e respectivos armamentos necessários à execução da ordem”
Em sua decisão, Moraes cita ainda o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP), filho de Bolsonaro auto-exilado nos Estados Unidos. Segundo o magistrado, “as ações incessantes” de Eduardo “demonstram possibilidade de um risco de fuga”.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, e está sob uso de tornozeleira eletrônica.