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(Rawpic/Freepik/Reprodução)

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Cada vez mais anúncios de vagas pedem candidatos fluentes em IA, inteligência artificial. O termo seduz, mas esconde um problema. Afinal, o que significa ser fluente em IA?

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, muitas empresas ainda confundem familiaridade com ferramentas digitais com compreensão profunda da lógica e do impacto estratégico da tecnologia. O resultado é uma corrida em que candidatos se sentem pressionados a se declarar especialistas, enquanto empresas contratam perfis que dominam apenas a superfície, sem necessariamente entregar consistência e profundidade.

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De acordo com consultores ouvidos pela reportagem, parte dessa confusão nasce da falta de maturidade das próprias organizações para definir quais competências em IA realmente fazem sentido no contexto.

Em algumas empresas, fluência significa saber usar prompts avançados em chatbots ou aplicar análise automatizada de dados. Em outras, espera-se que o profissional consiga desenhar fluxos de trabalho, estruturar projetos de integração e traduzir linguagem técnica para a área de negócios. Essa indefinição gera frustração dupla: o candidato não sabe exatamente como se posicionar e a empresa corre o risco de apostar em talentos que não correspondem às necessidades reais.

O conceito de fluência em IA vai além da habilidade operacional. Exige entender riscos éticos, implicações regulatórias e a capacidade de conectar tecnologia a decisões humanas. Mais do que dominar ferramentas, trata-se de articular impacto organizacional, dialogar com diferentes áreas e integrar inovação ao propósito da empresa. Sem essa visão, a adoção da IA vira uma moda passageira, sem impacto duradouro.

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Esse cenário reforça um ponto crítico: comunicação clara é tão importante quanto assistência técnica. Ao listar vagas, empresas precisam detalhar o que buscam — experiência em uso de ferramentas, projetos aplicados, visão estratégica ou liderança de processos de mudança. Caso contrário, vão perpetuar o desencontro entre expectativa e entrega, com riscos de perda de tempo e de capital humano.

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Marc Tawil

Estrategista de comunicação, mentor e palestrante. Foi eleito Especialista Nº 1 em Comunicação no LinkedIn Brasil em 2024 e 2025 pela Favikon e é Top Voice, Creator e Instrutor Oficial do LinkedIn Learning, com mais de 160 mil alunos. Colunista da Exame e da 98News, é membro do Reputation Council da Ipsos e quatro vezes TEDxSpeaker. Atuou por 17 anos em veículos como Globo, Estadão, Band e Jovem Pan, e fundou a agência Tawil Comunicação, certificada como BCorp e eleita pelo GPTW.

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