Sejam muito bem-vindos, porque hoje vamos falar sobre o financiamento climático para adaptar as nossas cidades. Esse é um tema cada vez mais urgente, especialmente considerando que estamos a menos de dois meses da COP 30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.
Nos últimos dez anos, cidades brasileiras têm enfrentado perdas relevantes causadas por eventos climáticos extremos, como enchentes, deslizamentos e períodos de seca. Os custos já ultrapassam centenas de bilhões de reais, além de impactarem vidas, a economia local e a infraestrutura urbana. Apesar disso, os investimentos em adaptação têm sido modestos, concentrados em ações pontuais e projetos limitados.
Mas existem bons exemplos que podem inspirar. Um deles é o Parque dos Pioneiros, em Palmas (TO), onde o Grupo Mir atua. O projeto recebeu R$ 500 milhões em financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e integra infraestrutura urbana, áreas verdes, mobilidade, regularização fundiária e soluções resilientes aos eventos climáticos. É um modelo de desenvolvimento urbano integrado que alia planejamento, financiamento e execução para proteger pessoas e fortalecer a cidade frente à emergência climática.
Vale lembrar que há diversas fontes de recursos disponíveis para subsidiar a adaptação urbana: fundos multilaterais como o próprio BID, fundos verdes, bancos de desenvolvimento regionais, além de mecanismos nacionais como o Fundo Clima e instrumentos de cooperação técnica internacional.
A mensagem é clara: adaptar as cidades é urgente. Cada investimento em infraestrutura resiliente, soluções baseadas na natureza e projetos integrados reduz perdas futuras, protege vidas e abre caminhos para um desenvolvimento urbano mais justo e sustentável.