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(Marcello Casal Je/Agência Brasil)

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O Brasil segue preso a um velho obstáculo: a baixa produtividade do trabalho. Mesmo com avanços em alguns indicadores econômicos, produzimos menos do que poderíamos em relação ao esforço empregado. Esse problema volta ao centro do debate porque, em um mundo de juros altos, câmbio estável e competição internacional mais dura, a produtividade se torna ainda mais decisiva.

Na prática, isso significa que, mesmo com jornadas longas ou mais pessoas no mercado, cada trabalhador brasileiro gera menos valor do que em outros países emergentes que avançam rápido. O impacto é direto: salários mais baixos, investimentos que rendem pouco e menor competitividade da economia.

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As causas são conhecidas. O país investe pouco em educação e qualificação, e a formação da mão de obra não acompanha as demandas tecnológicas atuais. Além disso, a burocracia, os encargos trabalhistas e o chamado custo Brasil travam a modernização. A infraestrutura de transporte, energia e logística também atrasa processos produtivos.

Outro ponto crítico é a baixa adoção de tecnologia em vários setores. Muitas empresas atuam em ambientes pouco competitivos, sem pressão real para inovar. Sem concorrência, não há incentivo para buscar eficiência.

A lição é clara: em economia, não existe alquimia. Ganhos de produtividade dependem de educação de qualidade, regras claras, incentivo à inovação e competição justa. Sem esses pilares, qualquer promessa de crescimento sustentado seguirá apenas no discurso.

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Izak Carlos

É economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Formado em economia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com MBA em Gestão Financeira pela Fundação Getúlio Vargas, mestrado e doutorado em economia aplicada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), já atuou como economista, especialista e consultor econômico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Izak também é sócio-diretor da Axion Macrofinance e Especialista do Instituto Millenium.

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