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(Thomaz Silva/Agência Brasil)

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Sejam muito bem-vindos e bem-vindas, porque hoje vamos falar de uma experiência que une inteligência artificial, mapeamento digital, periferias urbanas e participação comunitária no coração do Rio de Janeiro — e que pode servir de exemplo para várias cidades brasileiras.

A Prefeitura do Rio, em parceria com o Sensible City Lab do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), concluiu um mapeamento em três dimensões de parte da favela do Vidigal, na zona sul da cidade. Foram utilizados drones e tecnologia de ponta para criar um modelo tridimensional do território, com ruas, vielas, encostas e edificações modeladas com alta precisão.

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Essas informações estão ajudando a repensar o tecido urbano, planejar melhorias e adaptar a comunidade aos eventos climáticos, com ações que vão desde a contenção de encostas até reformas em moradias. Também estão sendo programados trabalhos de equipes de diferentes áreas e até mesmo simulados cenários de risco, como alagamentos, deslizamentos, ondas de calor e qualidade do ar.

Um detalhe importante: a própria comunidade participou da definição das áreas prioritárias. Esse caráter colaborativo garante que os dados não fiquem restritos a relatórios técnicos, mas sejam traduzidos em melhorias reais e concretas para os moradores.

O diretor do laboratório, o arquiteto Carlo Ratti, resumiu bem: “O futuro das favelas não é o isolamento, é a integração.” Por meio dessas ferramentas, é possível planejar infraestrutura onde realmente é necessário, reduzindo riscos e inserindo melhorias em áreas seguras.

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Essa experiência pode ganhar ainda mais impacto. O próximo passo será ampliar o projeto para o Complexo da Maré, onde sensores vão monitorar calor, umidade e poluição. A ideia é construir um modelo replicável para outras comunidades no Brasil e no mundo.

Exemplos como este remetem à cidade de Medellín, na Colômbia, que foi pioneira no início dos anos 2000 ao integrar favelas ao tecido urbano por meio de processos participativos. O caminho agora é claro: aliar inovação digital e engajamento comunitário na co-criação de soluções urbanas.

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Sérgio Myssior

Diretor do Grupo MYR e professor da Fundação Dom Cabral. Arquiteto e urbanista, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável pela UFMG. Fundador e presidente do Instituto Bem Ambiental (IBAM), integra o Conselho Editorial da Revista Ecológico. Foi conselheiro do CAU/MG, do Conselho de Meio Ambiente, vice-presidente do IAB/MG e presidente do Gemarq/Asbea MG. Atuou por 9 anos como comentarista na rádio CBN nos programas "Mais BH" e "A BH que queremos".

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