A recente fusão anunciada entre a Anglo American e a Teck Resources deve criar uma gigante global da mineração — em especial do cobre — avaliada em mais de 50 bilhões de dólares. Batizada de Anglo Teck, a nova empresa será comandada pelo CEO da Anglo e terá sede em Vancouver, no Canadá.
Mas além do impacto internacional, a operação traz reflexos diretos para o Brasil. Segundo executivos da companhia, o país será um dos focos estratégicos de investimento, especialmente em projetos de cobre e níquel.
A Anglo American já tem presença consolidada em Minas Gerais, com suas operações de ferro e concessão em Conceição do Mato Dentro. A expectativa é que a fusão com a Teck amplie a capacidade de investimento e inovação no Brasil, inserindo o país no mapa global dos minerais críticos — essenciais para a transição energética.
A nova empresa também herda ativos robustos no Chile e no Peru, reforçando a liderança latino-americana na produção de cobre. Com isso, pode se tornar a quarta maior produtora mundial do metal, fundamental para a eletrificação, as energias renováveis e os veículos elétricos.
Para o Brasil, o desafio é transformar esse movimento em oportunidades concretas — atraindo investimentos, fortalecendo a governança ambiental e garantindo que a expansão mineral ocorra de forma sustentável e com benefícios para as comunidades locais.