Ontem, crianças de colo correram pela sala. De onde eu estava, deu para ouvir algumas pessoas gritando: “Mamãe, socorro, me tira daqui!”
O Ibovespa despencou quase 1,5%, fechando o pregão na casa dos 141.356 pontos. O dólar futuro subiu cerca de 0,80%, cotado próximo a R$ 5,39. Também houve alta nos contratos de juros futuros, que avançaram até 12 pontos-base — caso do papel com vencimento em janeiro de 2033, que encerrou o dia negociado a 13,79% ao ano.
As empresas cíclicas domésticas, geralmente beneficiadas por juros baixos, foram as mais afetadas. Destaque negativo para a MRV, do setor de construção civil, que caiu 12%. A companhia divulgou sua prévia operacional, com queda de 9,4% na base anual, e o mercado reagiu mal ao atraso nos repasses de programas regionais, que gerou um impacto de R$ 93 milhões no caixa.
Até o momento da gravação deste boletim, a MP 1.303, que trata de ajustes tributários, ainda não havia sido votada na Câmara dos Deputados nem no Senado Federal. O tema segue no radar do mercado financeiro.
Para encerrar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está fazendo um mapeamento para avaliar a viabilidade da tarifa zero no transporte público. Segundo ele, a equipe econômica trabalha em novas alternativas de financiamento para o projeto.
Agenda do dia: 14h30: divulgação do fluxo cambial estrangeiro no Brasil; 15h: publicação da ata do Fomc, evento importante no cenário internacional. Tem que estar no radar.