Líderes do Hamas anunciaram, nesta quinta-feira (9/10), o que consideram o fim da guerra com Israel na Faixa de Gaza, após dois anos de conflito. A declaração foi feita por Khalil al-Hayya, chefe da delegação de negociadores palestinos no Egito, que afirmou ter recebido garantias de mediadores internacionais de que o cessar-fogo será respeitado.
O anúncio ocorre após semanas de negociações envolvendo Estados Unidos, Catar e Egito. “Recebemos garantias dos mediadores e da administração americana, todos confirmando que a guerra terminou completamente”, disse al-Hayya.
Segundo ele, o grupo palestino seguirá trabalhando para assegurar os interesses da população de Gaza, incluindo o direito à autodeterminação e a criação de um Estado independente com Jerusalém como capital.
O acordo prevê medidas imediatas, como a libertação de reféns israelenses em Gaza em troca da soltura de cerca de dois mil prisioneiros palestinos. Também está programada a retirada gradual de tropas israelenses do enclave e a entrada de ajuda humanitária.
Apesar da força simbólica do anúncio, analistas ressaltam que o acordo ainda precisa ser validado pelo gabinete de Israel. Dentro do governo, há resistência de setores mais conservadores, que questionam pontos do plano mediado por Washington.
Mesmo com as incertezas, a declaração de al-Hayya marca um momento inédito desde o início da guerra, em 2023. Para a comunidade internacional, o gesto sinaliza a possibilidade de encerrar um dos mais sangrentos capítulos recentes do conflito no Oriente Médio.