Muita gente tem perguntado se, com a Selic a 15%, o mercado imobiliário perdeu fôlego. A resposta é clara: não perdeu. O setor segue aquecido.
Segundo a Selic, as vendas de imóveis no Brasil cresceram 15,7% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024. Foram mais de 102.000 unidades vendidas, mesmo com o crédito mais caro. Um dos principais motores nesse crescimento é o Minha Casa Minha Vida, que voltou com força. O programa já responde por metade dos lançamentos e quase metade das vendas do país.
As novas faixas de renda e o crédito subsidiado colocaram mais famílias no mercado e deram fôlego ao setor como um todo. E aqui em Belo Horizonte, o movimento é ainda mais forte. As vendas cresceram 35% no primeiro trimestre e o metro quadrado médio chegou a 10.188, com alta de 14% em 12 meses. Mesmo com juros altos, os preços seguem subindo, mostrando a solidez do mercado da capital mineira.
Os lançamentos, por outro lado, caíram cerca de 40%, o que tende a manter os imóveis prontos mais valorizados. Falando neles, com o crédito mais caro e menos compradores ativos, o número de negociações diminui, mas os preços não caem. O que acontece é que o mercado fica mais seletivo e quem tem capital ou visão de longo prazo consegue negociar bem.
Quando os juros caem, entra mais crédito, mais gente compra e, naturalmente, os imóveis voltam a valorizar. No fim das contas, a lógica é simples: imóvel bom continua vendendo.
A Selic alta pode frear o impulso, mas não trava o mercado, porque imóvel não é só patrimônio, é segurança e visão de futuro. E se, mesmo com juros altos, BH e o Brasil estão batendo recordes de venda, uma coisa fica clara: o mercado imobiliário segue firme e quem souber se posicionar agora vai colher lá na frente.
