O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o governo não precisou intervir nos preços da hospedagem em Belém durante a COP30. Em entrevista ao Bom Dia, Ministro, ele disse que os valores inflados divulgados antes do evento eram casos isolados e foram corrigidos pelo próprio mercado.
“Quando se falava que os preços estavam absurdos, eram análises pontuais feitas a partir de alguns anúncios na internet. Pegaram uma casa que estava anunciada por R$ 1 milhão, mas essa casa não foi alugada, baixou para 500 mil, depois para 250 mil”, afirmou.
“O mesmo ocorreu com hotéis: diárias inicialmente listadas em 12 mil reais caíram para 10 mil, depois para 3 mil, até chegarem a valores muito mais baixos”, continuou o ministro.
Celso Sabino explicou que Belém se preparou para receber entre 50 mil e 60 mil pessoas ao longo do evento, em períodos distintos, e que o planejamento incluiu a chegada de dois grandes transatlânticos para reforçar a capacidade de hospedagem.
“Está tendo hospedagem para todo mundo, está tendo preço justo. Trouxemos os transatlânticos, e eles estão funcionando: muita gente está hospedada neles”, ressaltou.
Sabino afirmou, ainda, que o Brasil já possui instrumentos suficientes para lidar com eventuais abusos, citando o Código de Defesa do Consumidor e a estrutura especializada para tratar de conflitos nessa área. Por isso, descarta a criação de novas regras específicas para grandes eventos.
“Não vejo, neste momento, necessidade de fazer regulamentação especial. O Brasil já organiza Fórmula 1, Carnaval no Rio e em Salvador, o Círio de Nazaré em Belém, o Festival de Parintins, o São João de Belo Horizonte. Esses grandes eventos o próprio mercado regula”, disse.
Para o ministro, oscilações de preços são comuns em destinos que recebem grandes acontecimentos. “É fato que, quando tem Fórmula 1 em Mônaco ou grandes corridas em Londres e Boston, os preços dos aluguéis e dos hotéis decolam. Isso é tratado com naturalidade pelo mercado”, concluiu.
