Está marcada para esta terça-feira (25/11), às 9h, a primeira audiência de instrução do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes durante uma discussão no trânsito em Belo Horizonte. O depoimento do réu deve ocorrer na quarta-feira (26/11), caso haja tempo após a oitiva das testemunhas de defesa.
A sessão desta terça será realizada no 1º Tribunal do Júri Sumariante, no Fórum Lafayette, no Barro Preto, onde devem ser ouvidas oito testemunhas de acusação. Na quarta-feira, estão previstas as declarações de seis testemunhas de defesa e, possivelmente, o interrogatório do empresário. Em ambos os dias, não há previsão de término.
Durante a tramitação do processo, a juíza Ana Carolina Rauen indeferiu o pedido para que Liliane França da Silva, viúva de Laudemir, atuasse como assistente de acusação. Segundo a magistrada, não foi apresentado qualquer documento que comprovasse a alegada união estável.
A defesa de Renê também anexou aos autos uma série de diplomas, certificados e cursos para contestar publicações da imprensa que questionavam sua formação. Entre os documentos entregues estão certificados da Universidade Estácio de Sá, USP, Fundação Dom Cabral, Harvard Business Review Brasil e Ambev.
Renê Nogueira foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 35 anos de prisão.
Relembre o caso
O crime ocorreu em 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte. Durante uma discussão no trânsito, Renê efetuou o disparo que matou o gari Laudemir.
O empresário foi preso preventivamente e confessou ter usado a arma de sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. Ela também foi indiciada por ter emprestado o armamento ao marido.
