O governo dos Estados Unidos intensificou, nesta quinta-feira (4/12), o alerta de segurança para a Venezuela e recomendou que todos os cidadãos americanos deixem o país “imediatamente”. A nova orientação, divulgada pelo Departamento de Estado, reforça o nível máximo de advertência e tensão entre Washington e Caracas.
No comunicado, o governo americano alega que permanecer na Venezuela representa “risco elevado de detenção ilegal, tortura, criminalidade violenta” e de enfrentar uma “infraestrutura de saúde precária”. O texto afirma que cidadãos americanos e residentes permanentes legais são “fortemente aconselhados” a sair do país o quanto antes, inclusive aqueles que viajam com passaporte venezuelano ou de outras nacionalidades.
O Departamento de Estado lembrou que, desde março de 2019, retirou todo o pessoal diplomático da Embaixada dos EUA em Caracas e suspendeu completamente os serviços consulares. Com isso, o governo norte-americano afirma não ter capacidade de prestar assistência emergencial a americanos em território venezuelano.
Tensão
O alerta eleva o nível de preocupação entre os dois países. Ná ultima sexta-feira (28/11), o governo estadunidense afirmou que pretende iniciar, “muito em breve”, operações terrestres no país sul-americano.
“Provavelmente já perceberam que as pessoas já não querem entregar [droga] por mar, e nós vamos começar a impedi-las por terra. […] Isso vai começar muito em breve. Avisamos para pararem de enviar veneno para o nosso país”, afirmou Donald Trump, presidente dos EUA, em discurso no dia de Ação de Graças.
Em resposta, o regime venezuelano colocou a Força Aérea em prontidão para defender o território diante do que considera uma ameaça. “Peço que estejam sempre imperturbáveis na sua serenidade, alerta, prontos e dispostos a defender os nossos direitos como nação”, disse, Nicolás Maduro, na oportunidade.
