Alvo de operação da PF, Bolsonaro entregará passaporte às autoridades

Por

Siga no

Polícia Federal (PF) / Divulgação

Compartilhar matéria

Fábio Wajngarten afirmou, na manhã desta quinta-feira (8), que Jair Bolsonaro (PL) entregará seu passaporte às autoridades. O assessor do ex-presidente confirmou que ele recebeu o prazo de 24h para obedecer a um mandado de medida restritiva.

Wajngarten se manifestou por meio do seu perfil na rede social X (ex-Twitter). Ele ainda disse que Bolsonaro determinou que seu auxiliar direto, Tercio Arnaud Tomaz, também alvo da operação da PF, retorne à Brasília atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados. O ex-presidente também está impedido de deixar o país.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis. O objetivo é investigar uma organização criminosa que, segundo a corporação, atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente Jair Bolsonaro no poder.

Estão sendo cumpridos, ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.

Estão na mira da PF aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Braga Netto, Augusto Heleno e Valdemar Costa Neto.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A operação também já prendeu os ex-assessores Filipe Martins e Marcelo Câmara.

Investigações

As medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridas nos seguintes estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

“As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, informou a PF.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, completou a corporação.

Já o segundo eixo de atuação do grupo, de acordo com o comunicado, consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em “ambiente politicamente sensível”.

Por fim, a PF destacou que os fatos investigados configuram crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Compartilhar matéria

Siga no

Mais de Entretenimento

Haddad diz que espera decisão de Lula sobre judicialização da derrubada do IOF

‘Se eu estivesse aqui, estaria preso ou morto’, diz Bolsonaro durante visita a Belo Horizonte

Senado aprova aumento do número de deputados federais para 531

Senado aprova projeto para derrubar decreto de Lula que aumenta IOF

Moraes manda PF ouvir advogado e ex-assessor de Bolsonaro 

Em acareação, Braga Netto chama Cid de ‘mentiroso’, diz advogado

Últimas notícias

Decreto permite traslado de corpo de brasileiros do exterior

Os chefs Yasmin Juliana e Sinval Espírito Santo falam sobre os desafios da profissão para os LGBTQIAPN+

Conecta News: Como a inteligência artificial está transformando a cultura das empresas?

CineOP: Mostra de Cinema de Ouro Preto vai até 30 de junho com entrada gratuita

Inclusão LGBTQIAPN+ no mercado de trabalho ainda avança lentamente em Minas

Ministério Público alerta para desafio do desmaio em escolas

Em meio à greve de professores, escolas de BH serão abertas para que alunos se alimentem

Após 34 reuniões sem acordo, Álvaro Damião decide judicializar greve de professores de BH

Guia da harmonização: chef indica os melhores queijos para comer com vinho