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Mais barato, versão topo de linha do novo Jeep Renegade corrige os defeitos da antiga geração

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Jeep / Divulgação

Quando o Renegade chegou ao mercado, no final de 2015, já como modelo 2016, a Jeep já projetava um futuro de sucesso. Mas a realidade este superou as expectativas e o jipinho foi alcançando o topo dos SUVs mais vendidos do Brasil acompanhando de críticas e elogios. Recentemente ganhou uma nova geração. Isso é: uma pesada reeatilização, novo conjunto mecânico e reposicionamento se preço. Este último quesito talvez seja o ponto mais delicado na atual conjuntura econômica do Brasil, com o mercado automotivo vivendo um momento ímpar da história, com elevações nos preços nunca visto antes. Mas a Jeep soube conduzir essa questão com maestria. 

Esta análise começa então justamente pelo fator econômico. Num momento em que o mercado só oferece ao público reajustes completamente fora do normal que estávamos acostumados até antes da pandemia, a Jeep consegue trazer um novo produto, recheado de itens de série que agradam em cheio o consumidor brasileiro, com um dos melhores e mais modernos motores do segmento e com a versão top de linha mais de R$ 20 mil mais barata do que a geração anterior. Como fazer isso em pedido de crise no setor? A jogada de mestre foi simples e eficiente: trocar o caro motor diesel por um flex (gasolina / etanol). Para melhorar ainda mais, isso ocorreu num momento bem próximo de quando, pela primeira vez, abastecer um carro a gasolina ficou bem mais barato do que encher o tanque de um similar a diesel. Essa foi a receita de sucesso que faz o Novo Renegade ter uma fila de mais de três meses nas concessionárias. 

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Já que citamos a versão topo de linha, vamos focar nela. A Trailhawk agora divide o topo da gama do Renegade junto com a versão S, ambas 4×4 e com um novo câmbio de nove velocidades acoplado ao novo motor 1.3 Turbo que rende até 185 cv e com torque se 27 kgfm – daí vem a nomenclatura na tampa traseira do carro, T270, fazendo uma alusão ao torque do novo motor. 

Renegade S x Trailhawk 

Quando eu falo que essas duas versões dividem o topo da gama Renegade é que a Jeep resolveu colocá-los exatamente no mesmo valor. Cada um com seus atributos e assim é o freguês que escolhe o que quer levar para a casa considerando os diferenciais de casa um. O S, por exmeplo, apesar de também ser 4×4, apela para um estilo mais esportivo e requintado. Seu luxo combina mais com o uso urbano e as rodas de 19 polegadas são de muito bom gosto. Mas São calçadas com pneus de uso de asfalto, o que contrasta com o sistema de tração 4×4. Essa combinação numa trilha, convenhamos, não é das melhores. O interior abusa do couro e do aço escovado e não da margens para críticas. 

Para ter o mesmo preço, o Trailhawk deixou propositalmente uns plásticos aparentes na parte externa (o que combina mais com o estilo e proposta da versão). As rodas são menores, de 17 polegadas, mas em compensação são calçadas com pneus de uso misto terra/asfalto. Isso traduz em muito mais conforto para enfrentar a buraqueira das grandes cidades e serve para pegar uma estrada de terra e lama com muita tranquilidade e segurança. Outro diferencial é o modo adicional do seletor de tração do Jeep, que passa a ter a opção “Rock”, para facilitar a passagem por terrenos repletos de pedras soltas. O Trailhawk também está ligeiramente mais alto e conta com uma proteção extra na parte de baixo para você usá-lo sem dó. Uma chapa especial que protege não só o cárter, mas toda a parte inferior do veículo. Essa versão também é a única que vem com o estepe idêntico aos demais pneus (e rodas). A justificativa é que se o pneu furar durante uma trilha, seria incompatível continuar com um pneu de medidas (bem) diferentes

Na prática 

Nosso contato com o Renegade começou no Jeep Experience Arena, evento que roda o Brasil apresentando uma pista com um traçado desafiador para os carros 4×4 da Jeep e RAM. Da “caixa de ovo” à mega rampa, o jipinho foi valente.

Saímos de lá com um Trailhawk para ver seu desempenho na cidade. O primeiro ponto a ser destacado é o conforto. O rodar macio no asfalto? Inclusive passando por lombadas e buracos, se deve ao robusto conjunto de rodas relativamente pequenas para o tamanho do carro e que calçam um robusto pneu de uso misto.

A suspensão independente nas quatro rodas também dá um show. O longo curso dela permite uma escapada numa trilha de fim de semana sem nenhum susto. A prova dela foi num trecho de ligação da Estrada Real, entre Nova Lima e Sabará. Uma parte onde somente veículos de tração nas quatro rodas conseguem passar por causa do acúmulo de pedras soltas em um declive comido pela erosão, seria muito para muito carros metidos a valentões. Nesse ponto é que o Renegade desfaz a imagem de “SUV de shopping”.

O assistente eletrônico que controla a descida do carro foi configurado e assim fomos descendo de forma segura, ultrapassando cada pedra e cada grande buraco. Passou com a mesma desenvoltura com que eu passei com um Grand Cherokee turbo diesel 4×4 um tempo antes. Não ficou devendo em nada a Amarok V6 que também usei várias vezes no mesmo caminho. 

Vida a bordo 

Voltando ao ambiente urbano, o Renegade mostra que também é um ótimo SUV de shopping. Sim, por que não seria? Porém não posso dizer que ele tem vocação familiar. O diminuto porta malas é o suficiente para uma viagem de um casal. São só 320 litros. Já quem vai acomodado no banco traseiro, tem a comodidade das entradas USB para carregar seus apetrechos eletrônicos, mas o aperto segue como na geração anterior. Nesse ponto não houve mudanças. Um adulto de 1,80m, por exemplo, não viaja com conforto. O Volkswagen T-Cross, um de seus concorrentes, ganha com folga (literalmente) neste quesito em um possível embate. 

A situação melhore muito para quem vai na frente, principalmente ao volante. No novo Renegade, tudo está à mão do condutor. Posso dizer que a gente se sente mais “controlador” do carro no Renegade do que no Compass, por exemplo. O volante com revestimento em couro de primeira (que lembra os importados alemães) ganhou novo desenho. O cluster digital é configurável em diversas versões e a central multimídia é ao elogio, até porque ela tem algo que várias montadoras estão abolindo: um sistema próprio de navegação, que não depende do espelhamento do seu telefone. Mas se assim você quiser, ele ainda conta com Apple CarPlay e Android Auto sem fio. 

Mas então você pode me perguntar: é tudo perfeito no interior do novo Renegade? Não, não é! O carregador por indução que deveria servir para te ajudar, na verdade serviu para passar raiva. A posição para encaixe do telefone é completamente inconveniente e deixa o aparelho “sambando” no espaço e a cada movimento mais brusco que ele faz, ele perde a conexão com o carregador. O espaço para acomodá-lo com a mão também é pequeno e muito próximo do seletor de tração e toda vez que você vai tentar reacomodar o telefone no espaço do carregador, você acaba ligando sem querer o travamento do diferencial e só percebia por causa da mudança do padrão do painel de instrumentos. 

Conclusão

Custando R$ 167 mil o Novo Jeep Renegade Trailhawk é a versão mais equilibrada do Renegade. O custo benefício campeão continua sendo da versão de entrada, a Sport, mas é o aventureiro 4×4 que poderá te dar a experiência completa de um Jeep. A reestilização trouxe faróis e lanternas em Led, o que deu uma outra cara o carro. O novo motor te leva aos 100 km/h em 9 segundos e a baixa de óleo, apontada pelos proprietários como o grande problema, já está sendo solucionadas pela Stellantis. O consumo de gasolina na cidade ficou em 9,5 km por litro enquanto com etanol, esse número caiu para 7,0. Não são números ruins, principalmente considerando o motor usado na antiga geração, o manco e beberrão 1.8 etorq.

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