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Angola Janga vai às ruas com homenagem a ‘ancestrais do futuro’

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Maxxwell/Divulgação

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Um quilombo urbano na luta contra o racismo desde 2015. Esse é o Angola Janga, que enaltece a cultura preta e a periférica em mais um Carnaval de Belo Horizonte. O bloco afro vai para o desfile neste domingo de Carnaval (11) com 150 integrantes divididos entre bateria, corpo de baile e produção.

Neste ano, eles trazem como convidados para a festa os colegas do bloco Swing Safado. Se você quer aproveitar a folia cantando e dançando pagodão baiano, funk, samba e ijexá, esse é o seu bloco para mais um dia de Carnaval.

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Com toda a potência que a percussão pode proporcionar, o bloco vai contar com repique, timbau, caixa, surdos, agogô e xequerê no desfile do Angola Janga. Quando e onde? Na avenida Amazonas, Centro, neste domingo (11), com concentração às 8h horas. O objetivo do bloco este ano é exaltar a ancestralidade do futuro que está vivendo o presente.  

“Em 2024 nosso tema é ‘Ancestrais do Futuro: Uma encruzilhada entre o tempo e o espaço’. A gente vai falar sobre nós, que estamos nesse tempo de agora e, que no futuro, seremos ancestrais de alguém. Um tema que tem como orixá Exu, o orixá dos caminhos”, explica Lucas Jupetipe, um dos criadores do bloco e, sem dúvidas, um ancestral do futuro. 

História do Angola Janga

Idealizado por Lucas e Naiara Garófalo, em 20 de novembro, dia nacional da Consciência Negra, o bloco Angola Janga nasce inspirado no Ilê Aiyê, bloco de carnaval de Salvador que, em 2024, completa 50 anos. A origem do nome tem relação com o quilombo Zumbi dos Palmares. Angola Janga era como as pessoas negras chamavam esse local e tem como significado ‘pequena Angola’. Quilombo dos Palmares era a forma que a coroa portuguesa passou a chamar a região.  

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Junto à sua resistência e luta contra qualquer tipo de racismo, o Angola Janga exerce uma identidade híbrida entre bloco de rua e escola de samba. Todo ano eles se reúnem para discutir as cores, a estética, o figurino e o tema que será abordado no desfile, sempre relacionado à cultura e religiosidade afro.

Lucas relata que a ideia de criar o bloco veio após um episódio de racismo que sofreu. “Eu passei por um caso de racismo no Carnaval de 2014. Estava tocando na bateria que homenageava cantores negros e entáo puxaram meu cabelo pra ver se era peruca. A partir disso a gente fundou esse bloco e escolhemos carregar esse nome, Angola Janga, um lugar seguro pra galera preta”, conta.

Assistência social além do Carnaval

O bloco não acontece apenas nos dias do carnaval. Ele também exerce um serviço social e essencial para as pessoas como curso pré-Enem, atendimento psicológico, rede de proteção e advogados para assistência à população que não tem condições de acessar esses serviços. 

“Tem toda uma rede de proteção. É muito além de só chegar, tocar e ir embora, é um espaço de convívio, de reunião, afeto e de negócios também. Então, a gente opera de uma forma muito diferente”, explica Lucas. 

Expectativa alta em 2024

Após sofrer com problemas técnicos no desfile do último ano, que atrasaram o cortejo em três horas e prejudicaram o som, o bloco criado por Lucas e Naiara entra na avenida neste mês de fevereiro com as melhores expectativas diante de uma nova experiência de desfilar em uma via sonorizada.

Com uma estrutura melhor e patrocinadores, Angola Janga entregará aos presentes um cortejo nas cores vermelha, laranja, dourado e preto em referência ao orixá Exu. Mesmo com todos contratempos, cerca de 50 mil pessoas estiveram ao lado do Angola Janga em 2023. 

No domingo de Carnaval, além de chamar o Swing Safado, o bloco afro contará com um convidado mais que especial. O cantor, compositor, multi-instrumentista, ator e diretor musical Sérgio Pererê.

E como cereja do bolo, Angola Janga traz para a avenida uma alegoria de quase 5 metros produzida pelo escultor Jiraya, responsável por criar obras para o Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas. Para ver a obra de perto, é só seguir as instruções abaixo. 

Bloco Angola Janga

Horário: 8h
Concentração: Av. Amazonas, 547, Centro
Dispersão: Amazonas, 143, Centro
Estilo Musical: Afro, axé, funk, MPB, Samba e  Ijexá
Rede Social: https://www.instagram.com/blocoangolajanga/

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