O ator, diretor e produtor norte-americano Robert Redford faleceu nesta terça-feira (16/9), aos 89 anos, em sua casa em Utah, nos Estados Unidos, enquanto dormia. Considerado um dos maiores nomes de Hollywood das décadas de 1960 e 1970, Redford também foi responsável por fundar o Festival de Cinema de Sundance, hoje uma das principais vitrines do cinema independente mundial.
Carreira no cinema
Redford estrelou mais de 70 produções ao longo de seis décadas, construindo uma trajetória marcada por papéis carismáticos e idealistas. Entre seus filmes mais memoráveis estão:
- Butch Cassidy (1969), que o lançou ao estrelato;
- Golpe de Mestre (1973), pelo qual recebeu indicação ao Oscar de Melhor Ator;
- Todos os Homens do Presidente (1976), como o jornalista Bob Woodward;
- Entre Dois Amores (1985), ao lado de Meryl Streep;
- Até o Fim (2013), elogiado por sua performance solitária;
- Vingadores: Ultimato (2019), uma de suas últimas aparições, reprisando o papel de Alexander Pierce.
Direção premiada
A estreia de Redford como diretor aconteceu com Gente Como a Gente (1980), filme que lhe rendeu o Oscar de Melhor Diretor. Depois, dirigiu produções como Nada É Para Sempre (1992) e Quiz Show: A Verdade dos Bastidores (1994), ambas aclamadas pela crítica.
Sundance e legado cultural
Em 1980, o ator fundou o Instituto Sundance, com o objetivo de apoiar cineastas independentes. Do instituto nasceu o Festival de Sundance, que se consolidou como um dos maiores espaços de descoberta e valorização de novos talentos do cinema.
Ativismo e vida pessoal
Engajado, Redford atuou como ativista ambiental e defensor dos direitos dos povos indígenas, causas que abraçou até o fim da vida. Foi casado com a historiadora Lola Van Wagenen, de 1958 a 1985, e desde 2009 vivia com a artista ambientalista Sibylle Szaggars.
Robert Redford deixa um legado incontornável para o cinema, tanto em frente às câmeras quanto nos bastidores, e será lembrado como um dos artistas mais completos e influentes de sua geração.