O guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, revelou que pretende convidar os irmãos Igor e Max Cavalera, fundadores da banda, para shows em 2026. Em entrevista ao podcast ‘g1 Ouviu’, o líder do grupo de metal brasileiro falou que todo contato para projetos é feito por empresários, mas que gostaria que a reunião fosse consolidada.
“A gente quer convidar, fazer uma grande celebração no final de 2026. Espero que participem”, disse Andreas. O Sepultura está em turnê de despedida desde 2024 e programa para encerrar as atividades, de fato, no 2º semestre do próximo ano.
Questionado sobre a possibilidade de desistir da ideia do hiato da banda, Kisser assumiu que não teria problema em reconsiderar: “A gente não pode perder o foco. Tudo é possível. Não tenho problema nenhum em mudar de ideia. Mas a gente tem um foco, um planejamento. A gente tem que respeitar isso também”, disse o guitarrista.
Apesar de assumir a intenção de se reunir com os irmãos fundadores da banda, Andreas também fez uma crítica à Max Cavalera: “A identidade do Sepultura é a liberdade, é viver o presente, não ficar preso no passado como o próprio Max está até hoje, regravando o ‘Roots’. Um cara que fala que é super criativo, repetindo o que já foi feito há 30 anos. Sepultura é essa capacidade de mexer com o presente”, analisou.
Greyson na bateria
A turnê de despedida do Sepultura conta com o baterista Greyson Nekrutman, de 22 anos. O músico assumiu o lugar deixado por Eloy Casagrande, que assumiu as baquetas no Slipknot em fevereiro de 2024. Andreas Kisser relembrou a conversa que teve com o ex-ritmista do grupo: “Foi uma surpresa absurda. Ele estava há 13 anos na banda, dois anos que a gente estava falando da turnê de despedida. Dois dias antes estava resolvendo coisa de setlist com ele. E ele liga e fala que tem que ter uma reunião e que estava no Slipknot. Virou as costas e foi embora”, disse o líder do Sepultura sobre a saída de Eloy.
Longa trajetória
Andreas ainda relembrou o início da banda, que tem mais de 40 anos de história: “Numa época em que as pessoas olhavam e achavam que era um monte de moleque fazendo barulho. Ninguém apostava nada neles. E com muito foco, muito trabalho. Realmente o Sepultura foi pioneiro e abriu muitas portas para o metal nacional”, disse.
O Sepultura se apresenta no próximo domingo (30/3), no festival Lollapalooza, em São Paulo. O grupo também se apresentou na edição argentina do evento, no último sábado (22/3), em Buenos Aires.