Top 5 sambas enredo mais famosos

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Acervo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

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1- BUM BUM PATICUMBUM PRUGURUNDUM – Império Serrano 1982

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Enredo campeão de 1982 com a Império Serrano, Bumbum Praticumbum Prugurundum é uma composição de Beto Sem BraçoAluízio Machado. A letra versa sobre as alegrias do carnaval, sua formação e evolução na avenida. O samba marcou o último título do Império Serrano na avenida, ainda na era “pré-Sapucaí”.

O enredo foi proposto por Fernando Pamplona, a partir de uma entrevista de Ismael Silva sobre as origens do samba do Rio de Janeiro. Ao explicar a diferença entre o maxixe de Donga e João da Baiana e o samba do Estácio, de Bide e Rubens Barcelos, o sambista recorreu a duas onomatopéias: “O samba era assim: tan tantan, tan, tantan. Aí, a gente começou a fazer um samba assim: bum bum paticumbum prugurundum”

Última escola a desfilar naquele 21 de fevereiro de 1982, a Império Serrano encarou um sol forte na avenida, que nada prejudicou o desfile. O público cantou junto e consagrou o samba como hit que tocou por muito tempo em diversas rádios do país.

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Dudu Nobre regravou o samba no seu álbum Os Mais Belos Sambas-Enredo de Todos os Tempos, de 2007.

4- LIBERDADE, LIBERDADE, ABRE AS ASAS SOBRE NÓS – Imperatriz Leopoldinense 1989

Em 1989 o Brasil ainda experimentava os primeiros anos da fase pós-ditadura e nesse ano a Imperatriz Leopoldinense levou para a avenida o samba “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós” em clara referência ao hino da proclamação da República e obviamente, ao final da ditadura militar.

Composto por Niltinho Tristeza, Preto Joia, Jurandir e Vicentinho, o samba levou a Imperatriz ao título em 1989 e ganhou o Estandarte de Ouro como melhor samba-enredo. A ideia era fazer um samba que exaltasse a república, pois no ano anterior a escola levou a avenida um enredo de protesto e não se saiu muito bem.

O enredo sobre os cem anos de República estava afinado com a história oficial e exaltava em versos Caxias, herói do Exército. O samba que levantou o público naquele 6 de fevereiro de 1989 continua lembrado até hoje.

Numa eleição realizada pelo Domingão do Faustão, o samba foi eleito o melhor de todos os tempos da Marquês de Sapucaí e fez parte da abertura da novela Lado a Lado, de 2012, também da TV Globo.

3- PEGUEI UM ITA NO NORTE – Salgueiro 1993

O refrão avassalador combinado com um desfile impecável da Acadêmicos do Salgueiro, levou a escola a quebrar o jejum de 18 anos sem títulos e entrou para a história como um dos sambas mais cantados e lembrados do carnaval carioca.

Desenvolvido pelo carnavalesco Mario Borriello a partir da música de mesmo nome de Dorival Caymmi, “Peguei um Ita no Norte” foi composto por Demá Chagas, Arizão, Bala, Guaracy e Celso Trindade e narra a viagem costeira a bordo do vapor “Itapé” quando o compositor baiano migrou em 1938 para o Rio de Janeiro, a então capital federal.

Ita era o nome que se dava aos navios que faziam a navegação de cabotagem, entre o Norte e o Sul do Brasil.

O sambista Neguinho da Beija-Flor chegou a declarar, em entrevista, que ao ouvir a apresentação, já sabia que o Salgueiro, mesmo tendo sido apenas a terceira a se apresentar, já havia ganho o carnaval daquele ano, especialmente pela reação do público nas arquibancadas, cantando o samba e aplaudindo a escola durante toda sua apresentação

2- SONHAR NÃO CUSTA NADA. OU QUASE NADA – Mocidade 1992

Diferente de muitos enredos que possuem uma temática política, social ou histórica, “Sonhar não custa nada. Ou Quase Nada” trata-se simplesmente da exaltação da necessidade do sonho e a esperança. O sucesso na voz de Paulinho Mocidade ainda hoje é considerado o hino da escola apesar de não ter levado o título de 1992.

Composto por Dico da Viola, Moleque Silveira e Paulinho Mocidade que também foi o intérprete do samba na avenida, “Sonhar não custa nada” foi aplaudido pelo público na Sapucaí principalmente pelo seu refrão fácil de memorizar.

Os carnavalescos Renato LageLilian Rabelo foram os responsáveis por levar o “sonho” do tri campeonato da Mocidade para a avenida e levaram um desfile luxuoso naquele 2 de março de 1992, mas não foi o suficiente para convencerem os jurados e o título ficou com a Estácio de Sá, considerada uma das maiores zebras do carnaval carioca.

Porém, com o segundo lugar veio também a eternização do samba da Mocidade que ainda hoje é lembrado como um dos melhores de todos os tempos.

1- É HOJE! – União da Ilha – 1982

Nosso primeiro lugar fica com mais uma composição de 1982, dessa vez da União da Ilha do Governador. “É Hoje!” é baseado no livro homônimo de Haroldo Costa e do cartunista Lan, famoso por retratar a alegria do carnaval carioca. Este samba é um dos mais regravados da História, merecendo versões de, entre outros, Caetano Veloso e Fernanda Abreu.

Foi composto por Didi e Mestrinho e teve o enredo desenvolvido por Max Lopes. Na avenida, a Ilha mostrava um dia na vida de um sambista da Ilha do Governador que “atravessava o mar” para sambar no Rio de Janeiro, ou seja, saía da Ilha em direção a cidade.

Com um desfile simples, em oposição ao luxo consagrado nos anos anteriores por Joãosinho Trinta e outros carnavalescos, Max Lopes teve problemas na hora do desfile. A escola entrou na Avenida Presidente Vargas com quase uma hora de atraso, o que prejudicou o resultado final, mesmo com um samba tão arrebatador.

O público não se importou com os problemas, a Ilha deixou a avenida sob os gritos de “já ganhou”, porém ficou apenas com a 5ª posição em 1982, atrás de Mangueira, Imperatriz, Portela e Império Serrano. Mas “É hoje” figura na nossa primeira posição!

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